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POLÍTICA E CIDADANIA

Com indefinições, Estrela pode ter até seis candidaturas

Na base aliada, atual prefeito vai a reeleição e deve repetir dobradinha com o PSD, além de receber apoio do PL. Oposição se divide entre ex-aliados na gestão passada e nomes da esquerda e da direita

Foto: Divulgação

Depois de apresentar o maior número de candidaturas em 2020, Estrela pode, novamente, contar com um número expressivo de chapas majoritárias na corrida eleitoral deste ano. Com as movimentações recentes, se cogitam até seis concorrentes ao pleito de outubro, ainda que poucos dos pré-candidatos se manifestem de forma oficial.

Nomes que concorreram em 2020 devem se colocar à disposição do eleitorado em 2024. O atual prefeito, Elmar Schneider (MDB), é pré-candidato à reeleição. Veterano, conta com ampla aceitação dentro do partido onde iniciou a trajetória política, ainda na década de 1980, e retornou no ano passado.

A tendência, conforme o presidente da sigla, Ernani de Castro, é da repetição da dobradinha vitoriosa há quatro anos, com João Schäefer (PSD), de vice. “Por enquanto, trabalhamos dessa forma. Schneider é o nosso pré-candidato. Contamos também com o apoio do PL e o PDT está se aproximando. Mas estamos abertos ao diálogo com outras siglas”, frisa.

No PSD, também há o desejo pela manutenção da chapa vitoriosa em 2020. A turbulência ocorrida no ano passado devido a uma suposta falta de espaço na administração ficou para trás. “Vai ser uma construção com todos da base aliada, mas o nosso vice-prefeito é cotado para compor a dobradinha”, afirma o vereador e vice-presidente, Valderês da Rosa.

Já a aproximação do PDT com o MDB é confirmada pelo presidente do partido, Guilherme Engster. “Estamos conversando com o governo. Essa é a tendência. Mas só podemos dar certeza após a convenção”, frisa. A sigla deve filiar um dos secretários municipais, além de um vereador.

OS NOMES COGITADOS

“Palavra se cumpre”

Em expansão na cidade, o PL dispõe de importante espaço no governo de Estrela, com três secretarias. O titular da pasta da Fazenda e presidente da sigla, Felipe Diehl, reconhece que há condições de emplacar uma candidatura majoritária, seja de prefeito ou vice. Mas garante: está focado na reeleição de Elmar Schneider.

“O Schneider deu oportunidade ao PL e ao grupo da direita em mostrar trabalho na gestão. Trabalhamos muito com princípios, palavras e lealdade. Portanto, vamos trabalhar pela reeleição do prefeito, até para dar continuidade ao bom momento do município. Demos a palavra, e palavra se cumpre”.

Entre os nomes mencionados por Diehl para uma possível composição na majoritária, está o secretário de Administração e Segurança Pública, César Augusto Pereira (Comandante César), e o policial rodoviário federal, Diego de Castro. Ambos concorreram a prefeito em 2020.

Tentativa de aproximação

Dois pré-candidatos despontam como os principais nomes de oposição ao atual governo. Valmor Griebeler (Republicanos) e Carine Schwingel (União Brasil) se apresentam como postulantes, mas o cenário referente à composição das chapas segue indefinido. As reuniões entre quatro partidos iniciaram ainda no ano passado e encaminharam as possibilidades.

Uma das siglas mais tradicionais de Estrela, o PP declara apoio a Griebeler, ex-vice-prefeito e candidato ao Executivo em 2020. De acordo com o presidente do partido, Augusto Diehl Machado, a decisão foi tomada de forma conjunta, com a possibilidade da indicação à candidatura do vereador João Braun para vice-prefeito.

“Não estamos fechados para negociações. Pode haver a possibilidade de nos somarmos a outras siglas, mas o Republicanos e o PP certamente andarão juntos em 2024”, frisa Griebeler, ao confirmar também Braun como o provável vice. Já Carine também realça a intenção de concorrer, mas garante que será uma construção coletiva.

Ex-primeira-dama de Estrela, ela esteve até setembro do ano passado na atual gestão. Agora, busca se fortalecer para disputar uma eleição pela primeira vez. “Quando se iniciou um movimento de oposição e alguns partidos me procuraram, fui muito clara. Se a comunidade entender que devo concorrer, e se essa for a vontade do nosso grupo, estarei disposta a colocar meu nome”.

O Podemos, liderado pelo ex-vereador, José Alves, aponta alinhamento com a candidatura de Carine. No entanto, a tendência é de que a vaga de vice fique com o vereador Márcio Mallmann. Hoje no PP, ele deve trocar de sigla no período da janela partidária.

Outras siglas

O PT, embora tenha enfraquecido na cidade na década passada, permanece organizado. A professora Denise Goulart, candidata em 2020, é cotada novamente para concorrer. Ela despista. “Estamos em debate sobre como será nossa participação nas eleições municipais”, frisa.

Já o presidente da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), José Jair Wermann, filiou-se ao Novo, e também deve apresentar seu nome na corrida ao Executivo.

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