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Comunidade denuncia problemas estruturais em loteamento

Residencial vinculado ao programa Minha Casa Minha Vida apresenta infiltrações e vazamentos. Moradores citam falta de diálogo com construtora. Empresa diz que prestou suporte e pagou pela maior parte dos serviços

Algumas residências tiveram que substituir biodigestores por fossas com maior capacidade de absorção. Crédito: Jhon Willian Tedeschi

Moradores do Loteamento Dez de Abril, no bairro Esperança, manifestam insatisfação com as casas entregues há pouco menos de três anos. Os relatos são de problemas estruturais nas residências e na montagem da hidráulica. Por outro lado, construtora alega que foram feitas modificações nas casas e diz ter auxiliado em vários casos.

A entrega das 50 casas ocorreu em dezembro de 2020 e desde então os transtornos fazem parte da rotina. É o que afirma a líder comunitária Juliana da Silva. “Tivemos problemas nas fossas e biodigestores. A empresa argumenta que os danos foram porque passou trator por cima, não tem cabimento isso”, diz.

Dentro de algumas residências a situação não é melhor. Infiltrações e vazamentos são registrados. “Estamos satisfeitos com nossas casas, mas nosso dinheiro tem valor também”, pontua Juliana. A moradora menciona o seguro previsto em contrato, que cobre apenas danos como explosões, desmoronamentos, destelhamentos, entre outros.

Ela relata que há um apoio da administração atual, e que as dificuldades são com a Associação Comunitária dos Moradores do bairro Aparecida (Acomba), de Seberi, responsável pela execução do empreendimento, e com a Construtora e Incorporadora Palmitinho. Outro apontamento é sobre a dificuldade de contato com a Caixa Econômica Federal.

A implantação do projeto foi pelo programa Minha Casa Minha Vida, autorizado em 2017 e entregue no fim de 2020.

Avaliação da construtora

O responsável técnico pela construtora, Vinícius Bonafé, justifica que a construção foi feita dentro dos parâmetros do programa. “Alguns problemas foram causados pelas intervenções que os próprios moradores fizeram nas casas.” Ele relata que em várias residências a própria empresa foi quem prestou suporte e pagou pelas intervenções.

Bonafé ressalta o bom relacionamento com os moradores do loteamento e que sempre tentou auxiliar dentro das possibilidades. No entanto, ele aponta que todo o cronograma orçamentário e de projeto está documentado e pode ser comprovado.

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