Antes mesmo da criação do município de Estrela, a localidade de Novo Paraíso já guardava partes da historia da cidade. Com 161 anos, a comunidade trabalha para manter os costumes deixados pelos antepassados e preservar as tradições no dia a dia, como a utilização do dialeto na Língua Alemã.
Representantes da Comunidade Evangélica de Novo Paraíso participaram do programa A Hora Alemã, da Radio A Hora 102.9, para detalhar o passado e a atualidade da cultura germânica, bem como o desafio em manter os costumes entre a população. Presidente da associação comunitária, Edson Scholz destaca as atividades que remetem aos antepassados.
“Sempre buscamos fazer cada vez mais eventos para manter a população reunida. Temos jantas e almoços, jogos de bocha, atividades que são tradicionais e feitas desde que os alemães chegaram aqui. Também percebemos que cada vez mais pessoas, de outras localidades, participam. Organizamos uma galinhada mensal que surgiu a partir da reunião dos moradores da localidade”, afirma o presidente.
Helmuth Scholz, ex-presidente da comunidade, relata ser muito comum presenciar os integrantes que utilizam a Língua Alemã. “Nas festas, principalmente, quem está na cozinha fala alemão. Quem está fazendo o churrasco também. É uma forma de manter o dialeto vivo entre a população”, comenta.
Segundo Helmuth, a comunidade conta atualmente com cerca de 130 famílias participantes. Para preservar a história de mais de 160 anos, a associação comunitária trabalha na restauração da igreja. Para a festa anual, feita em novembro, os integrantes planejam a pintura do espaço.
História preservada
O historiador Airton Engster do Santos relata que os primeiros cultos e a organização da Comunidade de Novo Paraíso fazem parte dos registros históricos do município. Segundo ele, Antônio Vítor Sampaio Menna Barreto, responsável pela emancipação de Estrela, chegou a idealizar a localidade do interior como centro da cidade.
“A força dessa comunidade já existia antes da emancipação de Estrela. No entanto, o centro ficou localizado próximo ao Rio Taquari. Mas essa organização que até hoje impulsiona a comunidade. São valores e costumes passados de geração em geração. Percebemos a cultura e a tradição mantida ao longo destes anos” destaca Engster.

do A Hora Alemã