Uma parceria entre a Cooperagri e a Languiru inicia hoje para produção de rações de gado leiteiro. As cooperativas firmaram acordo para que o excedente da matéria-prima da Linha São Jacó seja industrializado na planta da Languiru, localizada em Estrela, junto à BR-386. A unidade havia interrompido a comercialização em 12 de maio.
Conforme o presidente da Cooperagri, Edson Dahmer, a organização estava com as operações no limite em sua fábrica e já buscava empresas parceiras para ampliar a capacidade produtiva. Quando houve o anúncio por parte da Languiru de suspender as vendas nesse segmento, as negociações foram iniciadas e houve interesse mútuo.
“A parceria vem em prol do produtor, do associado, tanto o nosso como o da Languiru. A vaca precisa de alimento, precisa de nutrição”, diz Dahmer. Segundo ele, apesar da concorrência no mercado de rações, as duas instituições podem se ajudar.
No modelo acertado, a cooperativa da Linha São Jacó fornece matéria-prima, a Languiru industrializa e a Cooperagri revende para associados de ambas e a clientes externos. Em princípio, a produção volta-se à ração de gado leiteiro a granel, tanto farelada como peletizada. Segundo Dahmer, porém, há a possibilidade de expandir a parceria para outras linhas de produtos.
Com a utilização da planta industrial da Languiru, a Cooperagri projeta quase dobrar a sua produção. A expectativa é alcançar a quantidade de 1 mil toneladas por mês na fábrica em Estrela. Atualmente, a fábrica na Linha São Jacó tem produção mensal de 1,2 mil toneladas.
“Vai depender da demanda. Agora estamos esgotados aqui. Pela procura, provavelmente vai dobrar, e com certeza vamos conseguir atender, pois a fábrica da Languiru é bem maior que a nossa”, afirma o presidente da Cooperagri.
Planos de expansão
A “Cooperagri – Cooperativa Agroindutrial São Jacó” conta hoje com cerca de 650 associados. De acordo com Dahmer, a maior parte dos produtores também é associada à Languiru. No complexo instalado em Teutônia, são cerca de 20 funcionários, mais quatro representantes comerciais que atuam nas vendas para diversas localidades no RS.
Além do Vale do Taquari, os produtos chegam nas regiões do Vale do Rio Pardo, Região Metropolitana, Vale do Caí, Centro-Sul, Serra, entre outras. Conforme Dahmer, a circulação só não é maior devido aos limites na capacidade de produção.
Para acompanhar o crescimento da demanda, a Cooperagri planeja investir no aumento da estrutura. Um novo pavilhão para depósito e uma agrocenter estão nos planos de curto prazo da organização. De acordo com o presidente, são medidas inadiáveis diante da alta demanda do mercado.
Outro investimento deve ser na ampliação da rede fotovoltaica. Inaugurada em 2018 para impulsionar a capacidade produtiva e reduzir os custos com energia elétrica, a usina deve ganhar novas placas a partir do crescimento da produção.
