ESTRELA – Em agosto deste ano completa um ano do acidente sofrido por Bruno Sulzbach, de 18 anos. O jovem nutre uma paixão enorme pela mecânica e, em especial, pelas gaiolas, que costumava dirigir e se divertir com os amigos todos os sábados. Foi em um destes encontros que Bruno sofreu um acidente e caiu da ponte sobre a linha férrea entre Estrela e Colinas, próximo a um sítio da família. “Ele conhecia muito aquela área, mas no dia do acidente foram vários fatores que colaboraram, parece que isso estava destinado a acontecer. Ele nem ia andar naquele dia”, conta o pai Claudio Sulzbach.
O jovem dirigia quando a gaiola dele e de mais um amigo atolaram. Ele chamou o pai, que também estava na propriedade, para rebocar os veículos com um Fusca, que Bruno mesmo havia arrumado para Claudio. “Só que o Fusca não ligou, tivemos que empurrar e meu irmão ajudou. Como eu estava terminando um serviço no sítio, meu irmão se prontificou a ir junto, até porque ele nunca tinha andando de gaiola”, lembra.
A gaiola atolada não ligou mais e Bruno, conduzindo o Fusca, rebocou o veículo onde o tio estava. Porém, quando foram passar pela ponte, a gaiola não conseguiu realizar uma curva. “A corda estava comprida demais. A gaiola estava desligada, ou seja, a direção hidráulica não funcionou e acabou que a roda traseira caiu da ponte, porque a dianteira meu irmão conseguiu colocar em cima. O Bruno não viu e meu irmão foi sendo arrastado, até que quebrou os pranchões da ponte e meu irmão despencou, fez um “pêndulo” e puxou o Bruno, que caiu com tudo de uma altura de 15 metros”, recorda. O tio de Bruno também precisou de atendimento médico, mas não teve fraturas graves como o menino.
Volta para casa
Bruno teve algumas fraturas e sofreu um grave traumatismo craniano, com uma Lesão Axonal Difusa severa. Foram 42 dias apenas de UTI, mas regados de muita esperança por parte da família e amigos. Ele está acamado e precisará reaprender a falar, comer e andar. A casa precisou ser adaptada, assim como a rotina, principalmente da mãe Marciane Eidelwein, que é professora do município e pediu redução de carga horária para cuidar do filho. O guincho do Fusca, na época utilizado para rebocar a gaiola de Bruno, hoje é utilizado para movimentar o jovem da cama para o sofá.
Ação entre Amigos
Bruno recebe atendimento diário de fisioterapeuta e auxílio de profissionais, como fonoaudiólogo. A mãe comenta que a família recebe ajuda da prefeitura, como fraldas, dietas líquidas e medicamentos, mas que as consultas com especialistas, demais remédios e outros profissionais ficam por conta da família. Marciane salienta que a maior chance de recuperação ocorre nos primeiros seis meses até dois anos após a lesão. “Ele precisa recuperar o que tem neste tempo. Ele já está muito mais firme, já come uma manga, uma banana, demora, mas come. Acreditamos que vai voltar a andar e não vamos medir esforços. Mas ele precisa do máximo de estímulos. Hoje não temos condições de manter duas fisioterapeutas, por isso a ação (leia quadro), para conseguir manter os profissionais, porque não temos dinheiro para conseguir um advogado e entrar na Justiça.”
Ajude!
A Ação entre Amigos ocorre para custear o tratamento de reabilitação de Bruno. O número, para concorrer a uma Picape Fiat Strada 2008, que é o veículo da família, custa R$ 100. Interessados podem contatar pelos telefones 99574-4198 ou 99666-6027, somente pelo WhatsApp, pois na residência da família não pega sinal de telefone, ou pelo Messenger do Facebook com Claudio Sulzbach.