A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do RS divulgou na semana passada os indicadores criminais referentes a dezembro de 2022, o que consolida os dados anuais. Na microrregião, os chamados crimes violentos letais intencionais (CVLI) caíram pela metade, mesma situação registrada em relação aos roubos. Por outro lado, mais que dobrou o número de registros de abigeato ao longo do ano passado.
O foco do poder público foi o combate aos crimes contra a vida – homicídios, feminicídios e latrocínios. Em 2021, foram sete registros do tipo contra três no ano passado, uma queda de 57,1%. O comandante em exercício do 40º Batalhão de Polícia Militar (BPM), capitão Fábio Bilhar, comemora a queda nestes números. “A avaliação que se faz é que o trabalho atingiu os seus objetivos, ou seja, a redução dos índices criminais para que possamos cada vez mais trazer uma sensação de segurança para a comunidade.”
Outro aspecto destacado pelo comandante foi o combate aos roubos, também considerados crimes violentos. No recorte dos cinco municípios, os roubos em geral e a veículos somaram 25 ocorrências em 2022, contra 65 no ano anterior. Ele pontua a atuação preventiva da Brigada Militar (BM), com o policiamento ostensivo diário, sobretudo nas áreas de comércio e grande concentração de população, como fator determinante.
Evitar a reincidência através das ações repressivas após os roubos também contribuiu para o bom desempenho da microrregião. “Atingimos os nossos objetivos nesse sentido. Nós conseguimos a prisão e identificação de vários indivíduos, com um trabalho em conjunto a Polícia Civil, subsidiando eles para que possamos também evitar outras ocorrências”, pondera Bilhar.
Estratégias contra abigeato
O indicador criminal com o maior crescimento na microrregião em 2022 foi o abigeato. Os números mais que dobraram de 2021 para 2022, ao saltar de 16 para 39 casos – aumento de 143,7%. A preocupação mobilizou moradores no fim do ano passado, para realinhar com as autoridades e entre os produtores as estratégias para se manter menos vulneráveis aos criminosos.
A Brigada Militar fazia um monitoramento desse acréscimo, o que levou à criação da Patrulha Rural, uma iniciativa do 40º BPM. Esse grupo de policiais atua no interior dos municípios de abrangência do batalhão e tem como característica aproximar as autoridades dos trabalhadores rurais.
“Eles fazem visitas periódicas a esses produtores e nas comunidades, e são fluentes em alemão”, ressalta o capitão. Uma das atribuições é o mapeamento das localidades, para que as viaturas possam se deslocar com maior agilidade no interior. “Os agentes criam vínculo de confiança e intimidade com os trabalhadores rurais para que eles possam nos acionar em caso de verificar algum veículo suspeito ou alguma situação fora da normalidade”, acrescenta Bilhar.
Proporcionar mais segurança
O comandante garante que a BM está atenta aos números e mantém as ocorrências no radar para que possam ser combatidas da forma mais eficaz para o “combate aos medos”. “É importante que a comunidade tenha ciência disso”, afirma. Para Bilhar, as estratégias, além de uma resposta aos indicadores, são uma forma de estar ao lado da comunidade. “Para trazer a sensação de segurança e bem-estar, que é tão importante para o nosso desenvolvimento como um todo”, conclui.
