Em entrevista ao programa A Hora Bom Dia, desta quarta-feira, 12, dirigentes da Sicredi Ouro RS/MG reforçaram a necessidade de implantar uma gestão moderna nas cooperativas. Diferente das de produção, as de crédito devem seguir diretrizes e são fiscalizadas pelo Banco Central. Caso seja identificada irregularidade, o órgão age.
O presidente, Neori Ernani Abel cita que o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) pode ser uma referência para os gestores balizarem conhecimento e influenciar a adoção de práticas de desempenho sustentável nas organizações.
O vice-presidente, Silvio Landmeier, ex-produtor da Languiru, diz que o modelo de gestão da Sicredi deveria ser seguido pela cooperativa de produção. Sobre o futuro da organização diz: “Que o associado seja preservado.”
Abel lembra que sempre houve altos e baixos no setor das proteínas. “Isso é normal. Talvez agora seja um pouco mais sério”, comenta. Entende que a Languiru é caso isolado.
Para ele, o cooperativismo continua firme e forte no Vale. “Na nossa região, além da razão de fazer os negócios bem-feitos também tem o fator da emoção. As pessoas gostam das cooperativas. Quando o cooperativismo está no coração das pessoas, ele transcende a própria razão.”
Resultados 2022
Os gestores também falaram de resultados divulgados no processo Assemblear. Ao fim de 2022, a cooperativa contava com mais de 81 mil associados, além de cerca de R$ 4,9 bilhões em ativos. Foram R$ 407 milhões em patrimônio líquido e R$ 85,1 milhões em resultado líquido. Também distribuídos R$ 8,1 milhões por meio das sobras.
Na devolução em conta corrente, foram mais R$ 17 milhões. No Fundo Social ocorreu o repasse de R$ 1,1 milhão. Os associados receberam R$ 27 milhões, entre valores da conta corrente, Fundo Social e juros ao capital, o que representa mais de 32% dos R$ 85,1 milhões de resultado líquido obtidos.