Jornal Nova Geração

ESTRELA

Escola Laticinista será lançada na 46ª Expointer

Ato oficial ocorre no estande do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat) em 31 de agosto. Qualificações rápidas e com menos dias de duração serão ofertadas ainda neste semestre

Entidades parceiras se reuniram durante meses em busca da implantação da Escola Laticinista (Foto: Karine Pinheiro)

O lançamento da Escola Laticinista e anúncio das primeiras iniciativas ocorrem ainda em agosto. O ato oficial está marcado para o dia 31, às 10h30min, no estande do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat) durante a 46º Expointer. A feira ocorre entre os dias 26 de agosto e 3 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Junto ao ato de lançamento, os primeiros cursos de qualificação rápida devem ser divulgados. Segundo a secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade (Sedis), Carine Schwingel, as ementas das formações seguem em fase de finalização junto à Superintendência da Educação Profissional do Estado (Suepro) e Coordenadoria Regional de Educação. Além disso, há o anúncio de R$ 1 milhão, oriundo de emenda parlamentar, para reforma no prédio da Polar, onde deve ocorrer às aulas teóricas.

A implantação de uma escola de laticínios na região segue com tratativas que avançam desde o início deste ano. Representantes da Sedis e do Sindilat também visitaram instituições pioneiras no país. Além disso, houve uma série de reuniões com entidades parceiras como Univates, Eeepe e Colégio Teutônia. Uma parceria entre o Sindilat/RS e o Instituto Laticinista Cândido Tostes, de Minas Gerais, garante a formação do corpo docente que irá atuar na região, bem como suporte para aulas a distância.

Na avaliação da secretária, a visita técnica acelerou as tratativas para o início das aulas. “A parceria firmada desburocratiza o que poderia levar mais tempo. Ao mesmo tempo, o Cândido Tostes é uma instituição com mais de 80 anos e já formou mais de três mil alunos. Eles testaram métodos de ensino e sabem o que deu certo e errado. Vamos utilizar modelos já existentes e partir para a solução”, explica.

O Sindilat também negocia a utilização de recursos oriundos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite junto a Secretaria de Agricultura do RS. Os representantes desenvolvem um projeto de vitrine leiteira, onde cada etapa poderá ser reproduzida em salas diferentes. Caso aprovado, estão previstas uma unidade em Estrela e outra itinerante.

Ensino referência para o estado

A criação da Escola Técnica Laticinista depende da validação do Conselho Estadual de Educação. A proposta pedagógica apresentada é elaborada junto à superintendência e apresenta três espaços de aprendizagem. As aulas teóricas, a parte prática no Colégio Teutônia, que conta com estrutura adequada, e as análises laboratoriais na Univates, que possui laboratório pronto.

“Vamos iniciar com uma estrutura pronta e adequada, que é só ser aproveitada, sem precisar de grandes investimentos. Ainda que a execução seja regional, é um projeto que vai ser referência no estado, porque vai ser a única escola laticinista no sul e a segunda no Brasil”, pontua Carine. A equipe ainda estuda utilizar as dependências do Centro Empresarial de Inovação, Tecnologia e Qualificação (Ceiteq).

A Suepro esteve na região para fazer uma avaliação dos possíveis locais de ensino e compreender como o curso deve funcionar na prática. A montagem da escola tem orçamento avaliado em R$ 1,3 milhão.

Iniciativa a partirn da necessidade

A diretora do Departamento de Meio Ambiente, Tanara Schmidt, ressalta que o projeto surgiu a partir de provocações de pessoas atuantes na indústria do leite e relatos sobre a dificuldade em encontrar mão de obra qualificada. “Os cursos rápidos servem como uma solução para esse público. Temos uma das maiores bacias leiteiras e podemos otimizar os resultados nas indústrias”.

O secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, aponta para a necessidade da diversificação de produtos na indústria láctea. “Temos uma matéria-prima de muito boa qualidade. Então esse projeto vem ao encontro de qualificar indústrias e produtores rurais para que se tenha conhecimento para criar novos produtos. É possível produzir muito além do leite tradicional da caixinha”, avalia.

Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: