O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, esta semana, o ranking nacional baseado no índice de alfabetização dos municípios brasileiros, tendo como base o Censo 2022. Estrela ocupa a 48ª entre as 497 cidades do Rio Grande do Sul e está no top 100 do Brasil, com a 85ª posição entre os 5.570 existentes. De acordo com o Governo de Estrela, apesar de as ações e investimentos na educação não dependerem apenas do Executivo municipal, o resultado traz o reflexo de um forte trabalho na área da educação local, que começou a ser solidificado nos últimos anos e que vai muito além da alfabetização por si só.
Segundo os dados do IBGE, Estrela alcançou 97,99% na taxa de alfabetização da população. Para a Secretária de Educação, Elisângela Mendes, são diversos os fatores que devem ser levados em consideração. “São resultados excelentes, que vem em uma ascendência, e que refletem um trabalho de governo que tem na educação uma prioridade”, diz. “Não podemos esquecer no entanto que este trabalho não depende apenas das forças e investimentos municipais, mas também estaduais e federais. A educação não se faz apenas em sala de escola gerida pelo município, apesar de em Estrela isso ter um peso maior visto que a grande maioria das crianças, em sua fase de alfabetização, está na rede municipal, onde contamos com cerca de quatro mil alunos, algo que por si só já é superior à população geral de outros municípios avaliados”, reitera. “Estrela, também por seu crescimento na geração de empregos, atrai força de trabalho, e esta nem sempre chega aqui alfabetizada. Isso reforça nossa dedicação, por exemplo, para ações paralelas como a Educação para Jovens e Adultos (EJA).”
Acesso com qualidade
Para Elisângela Mendes, o diferencial em Estrela vai muito além do ensinar a ler e escrever. “O índice, sim, leva em consideração a taxa de alfabetização, e ponto final. Mas precisamos ressaltar como ocorre este processo. O trabalho que está envolvido, a maneira deste ser realizado, e a qualidade do que é oferecido. Podemos ensinar a ler e a escrever sem ofertar aquilo que consideramos primordial, que é um grupo profissional acima da média, boas instalações, recursos, segurança, alimentação saudável e em grande escala, ou mesmo outras coisas que nem são exigidas por lei, como o contraturno escolar para algumas faixas etárias. Isso também torna a população cada vez mais exigente, e por consequência requer mais investimentos.”
Futuro
Ainda segundo a secretária, os últimos acontecimentos climáticos e mesmo a pandemia são fatores importantes e pesam para que as taxas não sejam ainda melhores, visto que nestas situações muitas ações emergências precisam ser tomadas, investimentos revistos e novos recursos buscados. Contudo, mesmo diante das dificuldades, ela vislumbra resultados ainda melhores num futuro próximo. “Com a enchente de setembro, tivemos muitos estragos. Isso dificultou muito nosso planejamento. Agora, quando sete das 21 escolas foram muito ou totalmente atingidas, os estragos foram ainda maiores, e as consequências disto impactam mais para seguirmos com alguns projetos que tínhamos. Ainda assim, todos os nossos alunos não ficaram por mais do que uma semana sem atividades, ainda que remotas. Hoje já estamos com todos em salas de aula. E mesmo antes desta última tragédia já trabalhávamos nos projetos de construção de outras quatro escolas. Vamos focar nisso para seguir num trabalho que preza antes de tudo pela qualidade.”