Estrela discorda do projeto da ERS-453 (Rota do Sol) apresentado pelo Governo do Estado. Além de debater o assunto internamente, a Administração Municipal propôs uma consulta pública à comunidade. O encontro ocorreu na manhã desta quinta-feira, 30, na Cacis.
A obra, que integra o Plano de Concessão das Rodovias do Bloco 2, prevê a duplicação de toda a rodovia, sem a criação de faixas laterais, mas com a inserção de rótulas para retorno e passarelas para travessia de pedestres. Além disso, a rodovia deverá ter um pórtico de cobrança de pedágio – Free Flow.
Empresários e moradores lindeiros pedem avaliação dos impactos econômicos e sociais que o projeto atual pode ter. “Temos uma empresa na divisa [entre Estrela e Teutônia]. Quase 100% dos nossos funcionários são de Teutônia. Vão pagar R$ 3,73 de pedágio para ir e para voltar. Analisa isso no bolso. É ilógico”, apontou o empresário Ariel Rieger. A sugestão é que o governo solicite isenção de cobrança para situações específicas, a fim de diminuir o impacto no aumento dos custos, da operação e da mão de obra.
A sugestão de Estrela é que o pórtico seja instalado nas proximidades da divisa com Teutônia, ou seja, deslocado alguns quilômetros do local previsto no projeto. O receio é que aumente o fluxo na Linha Lenz, trecho do interior que pode servir como via alternativa à rodovia.
Carine Schwingel, prefeita de Estrela, ressalta que o reforço nas estradas municipais será necessário. “Os acessos secundários precisam da atenção do município, mas ainda estamos no momento de nos recuperar da maior catástrofe que já passamos.
Temos problemas habitacionais muito graves ainda. Não podemos ser irresponsáveis e afirmar que essas obras serão resolvidas em um curto espaço de tempo. Elas precisam entrar no planejamento para que possamos pensar na cidade do futuro”, pontua.
