Jornal Nova Geração

PÓS-CHEIAS

Estrela mantém três abrigos

No ápice da cheia, cidade chegou a contar com oito espaços para acolher pessoas desabrigadas

Durante o dia são servidos refeições para os abrigados. Prioridade agora é encaminhar famílias ao aluguel social. (Crédito da imagem: divulgação)

Passado mais de um mês desde o pico da enchente, o número de abrigos em Estrela caiu de oito para três. Já o número de pessoas vivendo em alojamentos provisórios que já chegou a mais de mil, agora é de 361, conforme dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
Responsável pela pasta, Renata Cherini aponta que no início das demandas, as pessoas foram realocadas nos ginásios Cristo Rei, Ito Snel, Boa União, Pinheiros, São José Operário, Novo Paraíso, Indústrias e Auxiliadora, desses apenas os três primeiros estão em funcionamento.

A secretária explica que a redução no número de abrigos é resultado do trabalho para realocar as pessoas no aluguel social. “Até a semana passada, 656 famílias solicitaram o aluguel social, e estamos priorizando aquelas cujas casas foram totalmente destruídas.” Antes da cheia, havia a expectativa da liberação do abrigo no Cristo Rei, porém, Renata ressalta que a manutenção do abrigo foi uma medida segurança e prevenção. “Se não tivesse ocorrido a enchente de 25 metros, teríamos fechado o Cristo Rei. Por precaução, mantivemos as pessoas no ginásio.” Essa medida deve acontecer nas próximas semanas com a saída de mais famílias dos três espaços, com isso, a Administração Municipal deve reunir as famílias, que ainda não conseguiram se realocar, em um único espaço.

Contratação de educadores sociais

Para melhorar as condições dos abrigados, foram contratados educadores sociais em caráter emergencial. “Esses profissionais, treinados pela equipe de Blumenau, estarão disponíveis nos abrigos, identificados e prontos para ajudar as famílias”, explica Cherini. “Além disso, cada abrigo possui uma assistente social como técnica de referência para lidar com questões familiares e organizar a manutenção do local.”

Os educadores sociais trabalharão em turnos de 12 horas, seguindo um esquema de trabalho eficaz. “Queremos garantir que essas famílias se sintam acolhidas. Muitas pessoas saem para trabalhar durante o dia e retornam à noite. Continuamos trabalhando incansavelmente para proporcionar moradia definitiva para todas essas pessoas.”

A secretária reforçou o compromisso da equipe de habitação em garantir que todos os desabrigados possam retornar a uma vida normal o mais breve possível. “Nosso objetivo é fazer com que essas pessoas estejam de volta em suas casas, proporcionando a elas um ambiente seguro e digno.”

Com divisórias, moradores que vivem nos abrigos conseguem ter privacidade e viver em família. (Crédito da imagem: Zique Neitzke)
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