Um interessante movimento empresarial pode gerar bons frutos ao Vale do Taquari e, em especial, para a cidade de Estrela. Agentes do setor privado trabalham em conjunto com agentes públicos para concretizar um aeroporto privado na região. É um debate ainda é incipiente, mas as expectativas por parte dos atores são bastante favoráveis. O projeto inicial prevê a construção de uma pista de pouso e decolagem; hangares; torre e demais instrumentos. O projeto também prevê um condomínio de terrenos para a instalação de empresas e geração de novos negócios. Outras cidades vizinhas também foram avaliadas. Mas os estrelenses largam na frente na disputa pelo empreendimento.
A proposta será apresentada a diversos empresários, investidores e políticos. Hoje a principal inspiração é o Aeroporto Privado de Águas Claras, localizado na cidade de Viamão, e concebido faz poucos anos a partir da iniciativa de uma comunidade aérea (fly-in community), e que hoje já conta com três hangares, um heliporto iluminado, um prédio de recepção e um posto de abastecimento. Tudo custeado pelo setor privado, e com espaços para instalação de empresas ligadas – ou não – ao setor aeroviário. No Vale do Taquari, a ideia é construir uma pista asfaltada e balizada com 1,5 mil metros de extensão, dentro de uma área de 20 a 30 hectares. Até o momento, o grupo já avaliou dois terrenos em Estrela. E ambos agradam.
O grupo de empreendedores também verificou duas áreas de terras em Lajeado (no bairro São Bento) e Cruzeiro do Sul (localidade de São Rafael). Outros terrenos serão avaliados nas próximas semanas, e os agentes políticos também serão chamados para a mesa de negociação. Afinal, o poder público também é importante neste processo, e precisa agir como um agente facilitador desses novos empreendimentos. O principal propósito do aeroclube privado é atrair novas empresas, riquezas, empregos e visibilidade nacional e internacional ao Vale do Taquari. E para isso, claro, é preciso encurtar o tempo de deslocamento entre a nossa região e os principais centros comerciais do país.
A proposta não prevê o uso do aeródromo regional, em Linha São José, um espaço gerenciado pelo poder público municipal. O grupo de empresários propõe um empreendimento 100% custeado e gerenciado pelo setor privado.
O propósito, reforço, é garantir uma ferramenta a mais para os diversos clientes de empresas da região – ou mesmo empreendedores locais – que possuem aeronaves ou são usuários assíduos dos serviços de táxi aéreo.
É um investimento para facilitar a vida de quem corre contra o tempo para fechar novos negócios – uma viagem entre o Vale e São Paulo, por exemplo, demoraria 1h30min.
É um sonho antigo de muitos empreendedores locais. E está muito próximo de ser concretizado.
Novos secretários em Teutônia
O prefeito Celso Forneck (PDT) voltou de férias e anunciou novidades no quadro de secretários do governo de Teutônia. Aliás, as mudanças administrativas já iniciaram no fim de 2022, com a nomeação de Diana Feldens para o comando da Secretaria de Assistência Social e Habitação. Nesta semana, porém, as nomeações chegaram em maio número. Guilherme Moacir Engster deixou a função de Chefe de Gabinete do Executivo de Estrela e assumiu a Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo.
Na Secretaria de Juventude, Cultura, Esporte e Lazer, Glaci Dickel assume o comando e terá ao seu lado o subsecretário Jair Roberto Welter, o popular “Pivi”. Outra novidade é a nomeação de Luciano Carminatti como subsecretário da pasta de Agricultura e Meio Ambiente. Agricultor, já atuou como coordenador da Regional Sindical do Vale do Taquari. Recentemente, era adjunto da Secretaria do Turismo e Desporto de Imigrante. Por fim, Alexandre Etgeton assumiu como subsecretário de Planejamento e Mobilidade Urbana.
Para colocar Estrela nos trilhos…
O vice-governador do Rio Grande do Sul entrou na briga pela reforma da rede ferroviária entre o Porto de Estrela e a cidade de Colinas. Gabriel Souza (MDB) já entregou a demanda à presidência da empresa Rumo Logística, a concessionária responsável pela manutenção dos trilhos, viadutos, túneis e estações. O trecho possui cerca de 13 quilômetros e foi utilizado pela última vez em dezembro de 2014. Desde então, nenhum trem chegou até o complexo portuário às margens do Rio Taquari, interrompendo o fluxo do entroncamento rodo-hidro-ferroviário do Vale do Taquari. O investimento para recuperar o trecho é alto. Mas as vantagens são suficientes para justificar tal obra.
Impacto do piso nacional
A Secretária de Educação, Elisângela Mendes, encaminhou ofício à Secretaria da Fazenda no dia 24 de janeiro. Em questão, os prováveis e possíveis impactos financeiros referentes à aplicação do piso nacional do magistério. Nessa terça-feira, ela recebeu a resposta: o impacto anual é próximo de R$ 3,6 milhões. Agora é só aguardar a decisão do prefeito.
CURTAS DA SEMANA
- O case do projeto Estrelas do Conhecimento foi divulgado com o necessário destaque em Brasília. A secretária de Educação Elisângela Mendes apresentou o projeto para representantes dos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia. Já é um legado e tanto deste atual governo municipal.
- Adriano Scheeren (PL) de fato saiu da câmara de vereadores e assumiu cargo de confiança na Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação. No plenário, a vaga foi ocupada pelo suplente Silas Alves (PL), que muito em breve deve dar lugar a outro suplente do partido, o popular Gersinho.
- Antes tarde do que mais tarde, o governo de Estrela iniciou uma “guerra” contra a dengue.
- Entre uma sessão plenária e outra, o setor de comunicação da câmara de Fazenda Vilanova têm divulgado notícias aleatórias sobre o Dia nacional de Combate ao Sedentarismo, Dia da Escola, e, mais recentemente, sobre as mudanças climáticas.
- O historiador João André Mallmann (o popular Jam Brasil) visitou o prefeito de Bom Retiro do Sul, Edmilson Busatto, para conversar sobre a criação de um museu naquele município. Jam pretende morar na cidade e dispõe de um grande acervo de ferramentas e objetos antigos de famílias bom-retirenses. A ideia agradou o Executivo local.
- As notícias sobre os últimos movimentos da Languiru são de profunda tristeza para quem tanto admira a cooperativa. Mas é a realidade. E o jornalismo não pode, de forma alguma, maquiar ou se esquivar da verdade. Doa a quem doer, este é o nosso papel.