Os casos de dengue seguem em aumento expressivo em Estrela e o município se aproxima dos mil registros. São 981 confirmações da doença neste ano, número já superior ao registrado ao longo de 2023, que foi de 919 casos. Com mais um episódio de inundação em grande parte da cidade, a infestação do mosquito Aedes aegypti deve se agravar. Somente em maio foram quase 200 registros.
Com as ações de combate ao mosquito paralisadas no mês anterior, a Secretaria de Saúde retoma as atividades na busca de minimizar a infestação pelo inseto. Os agentes de endemias devem voltar às visitas domiciliares na próxima semana, afirma a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carmen Hentschke.
Na avaliação da coordenadora, as cheias do ano anterior contribuíram para o aumento da infestação do mosquito no início de 2024. Com a enchente de maio e a grande quantidade de chuvas, a situação deve se repetir, devido aos entulhos que podem servir como criadouro para larvas do Aedes aegypti.
“Além da retomada das visitas, porque é muito necessário que as pessoas estejam conscientes sobre o assunto neste momento, a Secretaria de Infraestrutura avança na limpeza das ruas. Mas como são muitos resíduos, é importante que seja feita a limpeza, principalmente pelas pessoas que estão voltando para casa”, comenta Carmen.
Cuidados necessários
A coordenadora destaca que a quantidade de mosquitos em circulação deve aumentar nos próximos meses. Mesmo com a chegada do inverno, a orientação é o uso de repelente. “Muitas pessoas ainda estão trabalhando pesado, com limpeza e carregamento de itens. Isso dá calor e é uma chance para o mosquito agir”, explica.
A semelhança de sintomas entre dengue e leptospirose também é uma preocupação para a Secretaria de Saúde. Segundo Carmen, grande parte dos pacientes fazem o teste para as duas doenças. No entanto, o número de casos de dengue se sobrepõem. Em Estrela há dois casos confirmados de leptospirose em decorrência das cheias.
Testes
No fim do mês de abril, a Vigilância Epidemiológica fez o terceiro “Teste de Ovitrampas” no ano. No entanto, algumas ovitrampas foram levadas pelas águas, sobretudo as instaladas nos bairros mais atingidos. Desta forma, o resultado do levantamento fica comprometido. Além
disso, Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) previsto para maio não pôde ser feito.