A lista de espécies de animais que existem no Vale do Taquari é extensa. Há uma variedade de mamíferos, aves e répteis que frequentemente tem contato e chamam a atenção da população. No entanto, com o desmatamento, muitos saem do habitat natural e adentram em áreas urbanas. É o caso de Estrela, que nas últimas semanas registrou o aparecimento de macaco bugio e cobras.
Conforme o biólogo do Departamento de Meio Ambiente da prefeitura, Emerson Musskopf, no município também já foram encontrados morcegos, gambas, marimbondos que oferecem risco de vida para a comunidade, além de lagartas, comumente chamadas de taturanas. “É provocado por situações em que o crescimento populacional atinge locais em que se tinha florestas. Para se construir casas, é necessário avançar e como consequência temos o desmatamento. Desta forma, os animais não têm para onde ir e chegam nas áreas urbanas”, explica.
Órgãos devem atender os casos
Segundo Musskopf, a maioria dos animais encontrados não oferece risco para a população. O que pode acontecer é o ser humano, ao tentar manipular o bicho, levar uma mordida ou picada. Dificilmente será transmitido doenças, mas veneno, sim. Por isso, ao encontrar uma espécie exótica é necessário entrar em contato com o Departamento de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros ou o Batlhão Ambiental da Brigada Militar (BABM) de Estrela. Os três órgãos atuam em conjunto para atender, monitorar e fiscalizar situações como estas.
O que é feito com estes animais depende da espécie e circunstância em que se encontram, de acordo com o biólogo. “Alguns são levados para uma área de mato ou água, e outros entregues para a BABM. É feito um estudo sobre cada espécie e escolhida a melhor medida a ser tomada”, acrescenta o biólogo da prefeitura.
Fonte de biodiversidade
Segundo Musskopf, é preciso proteger estes animais, pois a fauna e flora são importantes para a saúde e sobrevivência das pessoas. “Na medida do possível, tentar preservar as espécies exóticas porque em algum momento elas serão úteis e necessárias. Se não cuidarmos poderemos não ter mais esta fonte de biodiversidade”, afirma.