Jornal Nova Geração

Fechamento de acessos gera transtornos

Desde o fechamento do acesso, na terça-feira, um dos retornos é no trevo da Languiru (Fotos: Carlos Eduardo Schneider)

As obras para o fechamento do retorno no km 352,7 da BR-386, próximo da White Martins, estão quase concluídas e, desde que o trabalho começou, motoristas não podem mais transitar pelo local, um importante acesso entre os bairros Imigrantes e Pinheiros. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) reforçou que o trecho não deve ser reaberto. O prefeito Elmar Schneider, porém, solicitou que a CCR ViaSul, concessionária responsável pela estrada, retome o diálogo com a PRF para reabrir a passagem. Enquanto isso, comércio e moradores reclamam que um problema maior foi gerado com a medida: grandes engarrafamentos no trevo de acesso a Estrela.

A concessionária informou que o fechamento do acesso tem o objetivo de evitar acidentes. A ação ocorreu após avaliação técnica, que identificou que o local não oferecia segurança aos motoristas. Em nota, a concessionária afirma que “o fato do dispositivo estar em trecho de aclive no sentido sul e em curva no sentido norte gera uma situação de insegurança para as manobras de retorno. Tal análise motivou-se pelas estatísticas de acidentes apuradas pela PRF.” Conforme a 4ª Delegacia da PRF, sediada em Lajeado, em quatro anos foram registrados 38 acidentes, deixando 57 pessoas feridas e três mortas.

Opções de retornos

Agora, os motoristas que desejam ingressar na BR-386 no sentido interior/capital devem seguir até o retorno na altura do km 354, perto da Fábrica de Rações da Languiru. No sentido contrário, capital/interior, será necessário seguir até o trevo de Estrela, na altura do km 351. O trajeto fica cerca de quatro quilômetros mais longo (contando ida e volta). Além disso, o engarrafamento na principal saída do município acumula engarrafamentos, principalmente em horários de maior movimento. Já o retorno no km 354 registra baixo fluxo.

Reunião com a CCR

A mudança provocada no tráfego levou o prefeito a se reunir com o engenheiro da CCR ViaSul, Fábio Hirsch, em Porto Alegre, na quarta-feira, dia 1º. Na ocasião, Schneider foi informado de que o diálogo entre a CCR ViaSul e a PRF seria retomado ainda esta semana e a reversão do bloqueio do acesso não estaria descartada. Na Câmara de Vereadores, ainda na terça-feira, dia 31, a pedido do presidente Ernani de Castro (MDB), ofício foi enviado ao diretor-presidente da concessionária, Fausto Camilotti, manifestando descontentamento da comunidade com as alterações nos acessos da rodovia.

Comunidade reclama
Marcos Azambuja: “um redutor poderia resolver o problema”

O proprietário de uma oficina mecânica, Marcos Vinicius Azambuja, de 39 anos, reclama que a solução não foi a melhor. O estabelecimento de Azambuja está instalado há nove anos no bairro Imigrantes e agora vê o movimento cair. “Havia acidentes, mas um redutor de velocidade poderia resolver o problema, sem tirar a facilidade que o acesso dava”, disse.

Do outro lado, no bairro Pinheiros, Marcelo Petry, de 37 anos, gerencia a oficina do pai, que está à beira da rodovia há 40 anos. Segundo ele, quando um caminhão precisa usar o retorno no km 354, a fila de automóveis invade a pista. “Eles evitaram um problema e criaram outro. Não fomos avisados do que seria feito. O retorno facilitava muito a vida da gente, que agora fica entre duas alternativas, que causam engarrafamentos”, justifica.

Marcelo Petry: “alternativas causam engarrafamentos”
Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: