Jornal Nova Geração

DESAFIOS E SUPERAÇÃO

Federasul reúne empresas para tratar de retomada econômica

Edição de ontem do Tá na Mesa teve apresentação de investimentos da Lebes e da CMPC

Empresários destacam necessidade de melhoria na infraestrutura logística do RS para redução de custos e melhor ambiente aos negócios. (Foto: Gonzalez/Divulgação/Federasul)

Depois das inundações, as estratégias das empresas sofreram um baque. Em meio ao esforço para manter negócios e projetar o futuro, a Federação das Entidades Empresariais do RS (Federasul) convidou diretores da Lebes e da CMPC para apresentar os planos de futuro.

Na reunião-almoço Tá na Mesa, o presidente da rede varejista, Otelmo Drebes, e o diretor-geral da empresa do ramo de celulose, Antonio Lacerda, garantiram a continuidade dos projetos. Juntas, as duas empresas pretendem investir R$ 24,5 bilhões e gerar cerca de 22 mil empregos.

Conforme o presidente em exercício da Federasul, Rafael Goelzer, frente às promessas não cumpridas pelos governos, com recursos direcionados para recuperação tanto das empresas quanto das famílias insuficientes, o setor produtivo assume responsabilidades. “São dois grandes exemplos da retomada dos investimentos e do esforço privado, da resiliência do empreendedor, e da credibilidade que o estado tem em atrair investimentos”, afirmou.

De forma unânime, os empresários apontam o setor logístico do RS como desafio para os próximos anos, tanto para melhorias na malha rodoviária, quanto no funcionamento do modal hidroviário, às exportações a partir do Porto de Rio Grande.

Detalhes

Conforme Otelmo Drebes, o grupo Lebes construirá o Ecossistema Logístico (Ellosul), maior centro de distribuição do RS, em Guaíba. O projeto foi elaborado da pandemia e iniciado no ano passado. “Mesmo depois dessa segunda calamidade que o RS viveu, com as enchentes, a decisão de investir ali se mostrou acertada”, afirma.

O investimento alcança R$ 500 milhões. Serão 300 mil metros quadrados de área. Um pavilhão foi inaugurado em junho e outros estão em construção. O complexo logístico tem o potencial de criar entre 2,5 mil até 3 mil empregos diretos e até 10 mil indiretos.

Projeto internacional

A expansão da CMPC representa o maior investimento privado de uma empresa chilena fora do Chile. São R$ 24 bilhões. A empresa nomeou o investimento como “Projeto Natureza”, capaz de ampliar em 2 milhões de toneladas a produção de papel. “Vamos ser uma empresa chilena-gaúcha, porque o maior volume de nossos negócios está aqui”, enfatizou o diretor Antônio Lacerda.

As obras envolvem 12 mil trabalhadores. Após a conclusão, a operação ampliada da fábrica deverá criar de 4 a 5 mil empregos diretos. O projeto se encontra em fase de licenciamento e as obras devem começar em 2025 com início da produção em 2029.

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