A Festa do Peixe, evento que consolida a piscicultura na cidade, está de volta ao calendário municipal. A segunda edição da festividade ocorre neste sábado, 1°, a partir das 20h30min, no CTG Querência da Amizade. Como novidade, o cardápio a base de peixes estará liberado ao público presente durante todo o evento. A retomada traz uma programação diferente em relação à primeira edição que foi feita em 2017.
O evento organizado pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e pela Emater-RS/Ascar tem objetivo de valorizar o turismo em Bom Retiro do Sul, bem como fortalecer a prática da pesca artesanal. A expectativa de público ultrapassa 300 pessoas de diferentes municípios. Além disso, a secretária Maria Delci Klunck destaca que a festa impulsiona a criação de peixes dentro da cidade.
“Somos conhecidos como Pesqueiro do Vale. Além da Barragem Eclusa, temos locais de fácil acesso à pesca e muitos produtores de Bom Retiro criam peixes. Grande parte dos produtos serão fornecidos pelos piscicultores do município”, explica a secretária. A Festa do Peixe também conta com a animação da Banda Barbarella.
As delícias da gastronomia de peixe e acompanhamentos são os diferenciais. O menu conta com pratos de canapés, fusilli, salpicão, grelhados, pintado ensopado, bolinhos, fritos, iscas, pastel, pirão, peixe à portuguesa, batata frita, polenta frita e picles. A extensionista rural da Emater, Carolina Lautert Bellini, ressalta que três ilhas com os alimentos ficam a disposição nesta edição. “Queremos que as pessoas se sintam à vontade para experimentar o que estiver servido”.
Projeto para fortalecer
O engenheiro da Emater de Bom Retiro do Sul, Diego de Oliveira, acredita que o evento estimula a pesca e a criação de peixes no município. Segundo ele, atualmente cerca de 130 produtores criam diversas espécies. Entre os que comercializam o produto, o número chega a 30. Além disso, a entidade desenvolve um projeto para desenvolver a cadeia de piscicultura.
“O objetivo é fortalecer o plano com base na carpa. É um peixe que cresce mais facilmente e não tem tanto custo. Também temos produtores de tilápia. Alguns têm cinco ou seis açudes”, destaca Oliveira. Ele também reforça que a Festa do Peixe reforça o trabalho feito pelos piscicultores. “Às vezes, muitos criam para consumo e não sabem o potencial que tem”, aponta.
Desta forma, o evento abre portas para que a atividade seja divulgada, visto que muitos piscicultores fornecem produtos para o festejo. O engenheiro também enfatiza a possibilidade de criar novos pratos a base de peixe para a 3ª Festa do Peixe.
