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Festival encerra com recorde de participantes e projeta futuro

Competição reuniu mais de 1,3 mil atletas em cinco dias de jogos em Estrela. Ao todo, foram 88 equipes que representaram três países. Organização alega falta de apoio e cogita transferir competição a outro município

Com 88 equipes inscritas, evento esportivo teve mais de 300 jogos. Foto: Karine Pinheiro

Uma das principais competições de voleibol da América Latina, o Festival Internacional Cidade de Estrela encerrou a programação nesse domingo, 11, com a solenidade de premiação às equipes vencedoras. Na 16ª edição, contou com 88 times de três países que disputaram os títulos em três categorias. No total, foram mais de 1,3 mil atletas que circularam por Estrela e região.

Os palcos dos torneios foram o Ginásio Ito João Snel, sede da Associação Vale do Taquari de Esportes (Avates), Centro Comunitário Cristo Rei, Ginásio do Sesi, Escola de Ensino Médio Estrela e Ginásio da Soges. Ao final da competição, os principais títulos da Série Ouro foram para equipes da Argentina e dos estados de Santa Catarina e Minas Gerais. Huracán-ARG (Sub-14), Avofel-SC (Sub-16) e Minas-MG (Sub-19).

De forma coletiva e muito comemorada, o campeão geral foi a equipe da casa, a Avates. “Quando a gente entra em uma competição desse nível e as quatro equipes ficam na Série Ouro, sendo duas delas entre os quatro primeiros colocados, a gente fica muito feliz. Nenhuma outra equipe conseguiu isso, portanto o título de campeão geral aponta na direção de que todo o esforço está dando certo”, avalia o presidente do clube, Rodrigo Rother.

Além de presidente da Avates, Rother é membro da comissão organizadora do festival. A avaliação, passados os cinco dias de evento, é muito positiva. “Conseguimos entregar praticamente tudo que prometemos aos inscritos e envolvidos. Recebemos todos da melhor maneira, com segurança, conforto, boa alimentação, jogos de qualidade e nível técnico para as equipe poderem se desenvolver. É uma sensação de dever cumprido”, avalia.

Primeira vez e reconhecimento

Além de prêmios por série, as jogadoras foram reconhecidas pelo desempenho. Já na primeira participação no festival, a argentina Jazmin Pertile foi premiada como melhor jogadora da categoria sub-14 pelo time Huracán. “Foi uma experiência muito bonita. Nunca tínhamos participado de um torneio assim. Foi nossa primeira vez e saímos campeãs”, comemora ela que, junto do time, também levou o troféu de primeiro lugar na categoria.

O técnico da equipe que veio da província de Chaco, German Garro, comenta que a equipe não esperava pelo resultado, mas retorna à Argentina com sentimento de realização. “Não imaginávamos que poderíamos ganhar, mas passo a passo, chegamos à final. Foi uma primeira vez, uma viagem longa, mas que valeu a pena”, avalia. Além disso, outras jogadoras do time ganharam reconhecimento por desempenho.

A equipe Guaraciaba, de Santa Catarina, também levou a melhor na categoria sub-16 da série prata durante a primeira participação no torneio. A capitã Sandielle Machado de Souza, de 15 anos, destaca que mesmo com atuações em outros campeonatos, o Festival da Cidade de Estrela fica marcado como uma experiência incrível. “Jogo há dez anos. Esse torneio foi de altos e baixos e de muitas emoções”, afirma.

Para torcer e conhecer lugares

Além das delegações, pais e responsáveis viajam centenas de quilômetros para acompanhar o torneio. Cristiane Schmitt veio pela primeira vez a Estrela para prestigiar a filha Júlia, que joga pelo Círculo Militar do Paraná. Ela também aproveitou o momento para conhecer a cidade. “Está sendo uma experiência maravilhosa. A Júlia veio ano passado sozinha, e esse ano tive a oportunidade de conhecer a competição”, destaca.

Um grupo do Rio de Janeiro também aproveitou a experiência para ir além do Vale do Taquari. Uma das mães que acompanhou o time Tijuca Tênis Clube, Aline Ernesto relata que chegaram ao RS na terça-feira, 6, e utilizaram o tempo livre para conhecer os municípios de Lajeado e Teutônia, bem como a serra gaúcha.

Futuro do festival

Ao mesmo tempo em que avalia de forma positiva a competição, a comissão organizadora alega falta de apoio e atenção do governo municipal e cogita tirar o festival de Estrela em 2024. “Não é apenas a questão financeira, que neste ano foi menor do que em anos anteriores, mas também a estrutura, espaços e equipamentos disponibilizados aquém do que necessitamos”, aponta Rother.

Segundo ele, dois municípios da região e outros dois de fora do RS se colocaram com interesse de sediar o festival no próximo ano. “Passada a competição, e com calma, vamos avaliar essa possibilidade e saber se é viável e para onde poderíamos levar o evento”, avalia o presidente. O evento de vôlei é um dos maiores da América Latina.

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