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VALE DO TAQUARI

Fluxo na ERS-129 diminui, mas rodovia segue precária

Funcionários do Daer apontam baixa de quase 80% do tráfego em relação ao início do mês, devido à liberação da ponte do Exército. Município busca junto ao Daer cronograma para recuperação da via, que foi afetada devido à circulação de caminhões

Daer trabalha na sinalização da via, mas recuperação do asfalto segue sem prazo. (Crédito da imagem: Karine Pinheiro)

Desde maio, o aumento do fluxo de veículos pesados no trecho da ERS-129, entre Colinas e Roca Sales, causa preocupação aos municípios. O tráfego intenso de caminhões no trajeto que liga as partes alta e baixa do Vale do Taquari causa danos severos na rodovia estadual e nas vias municipais. A movimentação diária compromete, principalmente, os acessos às cidades.

Com a liberação da Ponte do Exército, entre Lajeado e Arroio do Meio, o fluxo diminuiu quase 80% em relação há cerca de duas semanas. Funcionário do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Antonio de Freitas também aponta a baixa na circulação de veículos de pequeno porte. No momento, a autarquia trabalha no reforço na sinalização.

Apesar da menor circulação, as condições da via seguem precárias. A quantidade de buracos, fissuras e desgaste no asfalto gera insegurança aos condutores e dificulta o fluxo entre as cidades. De acordo com Freitas, a autarquia deve avançar com o plano de recuperação da ERS-129. No entanto, nenhum cronograma de obras foi confirmado pelo Daer.

Além de ser o principal acesso a Colinas, a rodovia estadual também passa pela área urbana da cidade. Após o período de cheias, a administração municipal buscou respostas junto ao governo estadual sobre a manutenção permanente da estrada. Por conta da grande movimentação, houve dificuldades em paralisar o trânsito para executar melhorias.

Moradores das margens da ERS-129, Ilania e Elio Pott acompanham o fluxo diário, bem como circulam com frequência pela rodovia. Mesmo com a situação precária da estrada, destacam que a menor quantidade de veículos impacta menos no estado da estrada. “Tem dias que a movimentação oscila bastante, principalmente em horário de pico. Esperamos que a via seja recuperada logo”, afirma Pott.

Comunidade controla fluxo

Na área central de Colinas, o comerciante Jaime Machado diz que a “estrada está um caos”. Na avaliação dele, antes das cheias a via apresentava boas condições para circulação. No entanto, atualmente, além dos buracos e fissuras, as calçadas na parte urbana da cidade também são afetadas.
“Antes de maio circulavam cerca de mil veículos. Nos últimos meses, mais de 4 mil carros e caminhões passaram diariamente por aqui. Nossas estradas não comportam todo este trânsito. Além disso, a rota se tornou um desvio ao pedágio”, aponta o comerciante. Segundo ele, o comparativo de tráfego foi feito por câmeras nas proximidades do estabelecimento.

Vice-prefeita de Colinas, Regina Sulzbach, afirma que o município segue em constante contato com o Daer em busca de melhorias no principal acesso à cidade. “Mesmo com a diminuição do fluxo de forma geral, em alguns momentos a circulação aumenta. Ainda temos um tráfego que não existia antes da cheia”, ressalta.

A responsável pela Secretaria de Obras também comenta que o trecho serve como um desvio aos condutores para evitar a cobrança na praça de Encantado.

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