As tramitações para a compra do Frigorífico de Suínos da Languiru em Poço das Antas pela JBS chegam na reta final. Conforme o presidente liquidante Paulo Roberto Birck, a concretização está 100% assegurada. A companhia projeta investimento de R$ 120 milhões para os próximos cinco anos e deve dobrar o volume de abate. Segundo Birck, a unidade iniciará operações em breve.
“Com a compra efetivada pela JBS, toda a produção de ração para esses suínos será feita pela Languiru, na fábrica de Estrela, viabilizando a movimentação de volume. A JBS vai comprar o frigorífico e levar todos os associados”, afirma.
Sobre o abate de aves, Birck ressalta que a JBS levou grande parte dos aviários e esse frango é o que está vindo de Westfália para ser abatido. “Cerca de 150 mil frangos devem ser abatidos em Westfália a partir de maio. Temos boas perspectivas.”
Já quanto ao segmento do leite, destaca que, como é o maior volume trabalhado, é o que mais representa. “O leite além de gerar na laticínios, gera a parte do agrocenter, na fábrica de rações e acaba se tornando a maior parcela do faturamento.”
Transição dos mercados
Conforme Birck, o Grupo Passarela faz reformas dos mercados e vai abrir no fim de março no bairro Languiru, em Teutônia. Os únicos dois ainda em negociação são a unidade de Arroio do Meio e do Canabarro 1, prédios próprios da cooperativa, porém estão alienados. “Vamos assinar o contrato do mercado de Poço das Antas. Após a oficialização da assinatura do contrato, vamos poder divulgar. Além disso, em Cruzeiro do Sul também será assinado o contrato hoje. Lá o sindicato comprou e tem um interessado.”
Pagamento dos credores
Após Languiru divulgar a lista com mais de 3,5 mil credores, 239 reclamações ou divergências de valores foram comunicadas. Houve período de análise e correções. O prazo para a divulgação da lista era até o final de abril. Porém, Birck acredita projeta que as correções demandarão de mais tempo. Projeta consolidar os dados em maio. A partir disso, será divulgado o plano de pagamento aos credores.
Ele ressalta que a cooperativa está com pagamentos em dia a todos os produtores de leite, frango, compra de milho e farelo no pós-liquidação. “O que entrou nesse programa foi o que era antes da liquidação e vai ser apresentado ali na frente. Mas dentro de tudo que estamos fazendo conseguimos em torno de R$ 100 milhões na redução da dívida. No mercado de Arroio do Meio, por exemplo, o prédio foi negociado e será usado para baixar a dívida com o banco.”
Tudo será apresentado em assembleia programada para 28 de março. “Vamos precisar de um dia inteiro, pois será uma assembleia demorada. Vamos começar às 9h30, teremos intervalo para o almoço e na parte da tarde será dada a continuidade. Muitos detalhes que vão demandar mais tempo. O antes da liquidação e o após liquidação.”
Ainda de acordo com o presidente liquidante, decisões importantes serão tomadas como o rateio das sobras ou perdas. “Auditoria está trabalhando e dará o seu parecer contábil sobre o exercício 2022. O investigativo vai andar mais um pouco e a conclusão está prevista para abril, onde será feita uma assembleia extraordinária para apresentação do parecer da auditoria investigativa.”
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