O fim do ano letivo aumenta a busca por vagas nas instituições de ensino, sobretudo para quem inicia a vida escolar. Um fator determinante é a disponibilidade para inscrições na rede municipal. Na última atualização da Secretaria da Educação, a estimativa estava entre 60 e 70 crianças na lista de espera.
Ao longo do ano, a fila chegou a cerca de 150 famílias que esperavam vagas nas escolas, mas com as progressões dos alunos já matriculados este número reduziu. No entanto, existe uma preocupação quando confrontadas a crescente quantidade de solicitações e a estrutura atual. As matrículas atendem ao critério de zoneamento, com a indicação da escola conforme o endereço das famílias. São três áreas que abrangem as 13 escolas de educação infantil da rede municipal.
A quantidade de pessoas que procura pelas escolas do município surpreende a secretária da Educação, Elisângela Mendes. “Aumenta ano após ano e prevemos que essa tendência vai se manter”, diz. Ela justifica a perspectiva a partir do crescimento de algumas localidades e a chegada de muitas pessoas de fora da região. “A qualidade do nosso ensino atrai muita gente”, acrescenta.
A gestora aponta que o grande gargalo está nos berçários A e B, para o atendimento de crianças de quatro meses a um ano e meio. Para o ensino fundamental a situação é considerada melhor, uma vez que existe a oferta das redes estadual e privada. Mas isso não tranquiliza a secretária. “Só ficarei tranquila quando a fila zerar”, garante.
A secretária ainda estuda alternativas para minimizar a espera das famílias. Ela indica uma reunião com o prefeito Elmar Schneider para debater possibilidades, mas com o objetivo de manter o padrão do ensino no município, sem abrir mão do turno integral para o ensino infantil e os dois primeiros anos do fundamental.
Nova escola para reduzir fila
O bairro Boa União concentra a maior parte da demanda reprimida. A secretária indica que atender à localidade é uma das prioridades do município. O governo estuda a possibilidade de adaptações nas duas escolas de ensino infantil, Girassol e Ruth Markus Huber, como a construção de novas salas. “Se conseguirmos resolver o Boa União, superamos boa parte das nossas dificuldades”, conclui Elisângela.
A aprovação da doação de uma área para construção de nova creche encaminha uma solução ao bairro. Serão cerca de 5,7 mil m² destinados para o prédio e abertura de via de acesso entre as ruas Padre José Junges e Adão Henrique Fett. O projeto depende da formalização da transferência do imóvel para que entre em licitação.