Jornal Nova Geração

NEVASCA NO CHILE

Governo do Chile libera estradas e turistas retornam

Viajantes devem chegar ao Vale entre a noite desta sexta-feira e a madrugada de sábado. Volta foi iniciada às 5h de quinta-feira. Percurso entre Santiago e Teutônia leva cerca de 40 horas

“Acredito que chegaremos no sábado”, projetou Gerson Henrich da Silva, às 10h10min de quinta-feira, 21, enquanto passava pela Aduana Paso de Los Libertadores, no Chile. Ele e outros 33 viajantes do Vale estão em deslocamento ao Brasil após ficarem 12 dias retidos no país vizinho, devido à nevasca na região da Cordilheira dos Andes.

Sem registros de neve nesta semana, o governo chileno passou a liberar as estradas. Na quarta-feira, 20, a passagem pelo túnel internacional Cristo Redentor, na fronteira com a Argentina, foi a última via a ser desbloqueada. Desta forma, a volta dos turistas gaúchos foi viabilizada.

Embora liberado, as condições do trecho são delicadas. Não à toa, o ônibus levou cerca de cinco horas para se deslocar 150 km, de Santiago à região de Paso de Los Libertadores, onde dias atrás os viajantes ficaram presos pelo acúmulo de neve. “Estamos agora (às 10h de quinta, 21) passando a Aduana chilena, onde dormimos na ida por três noites. Viagem está bem tranquila, não tinha muitos caminhões”, relatou Silva, morador de Estrela e que viaja com sua esposa e filha. Outros quatro estrelenses estão no grupo, composto em sua maioria por moradores de Teutônia.

Todo trajeto, de Santiago a Teutônia, leva cerca de 40h. São 2,3 mil quilômetros. A retomada iniciou na quinta-feira, 21, por volta das 5h30min. A viagem deve ser finalizada entre a noite desta sexta-feira, 22, e a madrugada de sábado, 23.

Presos no Chie

O grupo saiu do Vale do Taquari no dia 5. Passou por Mendonza e estava a caminho de Santiago do Chile, onde ficaria por quatro dias. Depois, retornaria para Mendonza, antes da volta ao Rio Grande do Sul. A chegada a Teutônia estava prevista para a semana passada, no dia 14.

No dia 9, durante a viagem de Mendonza a Santiago, devido à nevasca histórica, os turistas brasileiros foram retidos em um abrigo na alfândega da região da Cordilheira dos Andes. Os primeiros dias foram de tensão, com falta de alimentação e em condições extremas numa temperatura de -18°C. Entre os moradores de Teutônia e Estrela, há idosos e crianças, que dormiram no veículo.

Os brasileiros foram levados para Santiago no entardecer do dia 12. A primeira etapa do transporte foi em caminhões militares até a base de Los Andes. O restante do percurso se deu em ônibus de turismo. Na Capital chilena, eles estiveram bem acomodados e aproveitaram algumas oportunidades para fazer passeios.

Conforme a Betetur Agência de Viagens e Turismo, responsável pela expedição, os turistas ficaram hospedados no hotel em Santiago até as estradas serem liberadas. As hospedagens foram custeadas pela própria empresa, que se responsabilizou pela retomada. O trajeto aéreo foi verificado, mas se optou pelo retorno com o ônibus da Betetur.

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