Desde 1992, os Grupos Folclóricos de Estrela promovem intercâmbios culturais com a Alemanha. O primeiro contato oficial dos grupos e entidades germânicas consolidou uma relação duradoura, que atravessa décadas. O planejamento das viagens exige dois anos de organização, abrangendo a seleção de participantes, gestão financeira, definição de roteiros e compra de passagens. Nesse processo, as comissões trabalham para garantir que os dançarinos estejam preparados para as vivências culturais que encontrarão.
As primeiras viagens foram organizadas exclusivamente por Andréas Hamester, coordenador dos grupos. Com o tempo, o pastor Marcos Becher se uniu ao projeto. “Logo depois, tive a parceria do pastor Marcos, que sempre teve um grande entusiasmo por esse trabalho. Juntos, nos tornamos uma dupla incrível na organização”, explicou Hamester. A colaboração entre eles se expandiu ao longo dos anos e nas últimas cinco edições, a logística das viagens passou a ser dividida entre várias comissões, compostas por pessoas escolhidas para atuar em diferentes áreas.
Atualmente, a equipe que cuida da organização conta com seis membros. Mesmo após tantas turnês, o coordenador compartilha a emoção de ver a alegria dos que embarcam pela primeira vez na experiência. “Sempre é algo novo. Ver o brilho nos olhos de quem vai pela primeira vez é uma experiência única e inesquecível”, afirmou.
A seleção dos participantes é baseada em critérios como dedicação, interesse e participação ativa nas atividades. Com cerca de 500 dançarinos em sete categorias, a maioria dos selecionados provém das modalidades adultas. A viagem tem como objetivo proporcionar um intercâmbio cultural profundo, que vai além da valorização das tradições germânicas. Os participantes têm a oportunidade de conhecer diferentes culturas, explorar pontos históricos e compreender a organização social e política dos países visitados. Desde o início das turnês, 168 dançarinos já tiveram a chance de participar. Para esta sétima edição, a delegação será composta por 50 pessoas, incluindo dançarinos, músicos e acompanhantes.
Além das apresentações, a viagem também proporciona uma imersão no cotidiano dos países visitados, permitindo aos participantes vivenciar o que há de mais significativo na cultura local. A cada edição, a expectativa aumenta, e com isso, o número de interessados em participar. Para os dançarinos, a experiência se traduz não apenas em aprendizado, mas também em momentos inesquecíveis ao lado de pessoas que compartilham o mesmo amor pela arte folclórica.
