O ex-governador do RS Germano Rigotto (MDB) disse que há resistência dentro de governos e no setor privado para com a reforma tributária. Ele integra a equipe de transição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos setores de indústria, comércio e serviços.
Em conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, na semana passada, Rigotto diz o ter percebido pressionado “por setores que dizem querer a reforma, mas na verdade não querem, porque são muito beneficiados com o atual sistema.”
O emedebista afirma o sistema hoje ser injusto, porque cobra mais do que deveria de alguns, e menos de outros. “Quando aparece uma proposta que está indo na direção de ser aprovada, começam as resistências. Os prefeitos das capitais estão se posicionando contra, porque acham que vão perder sem a competência de cobrar o ISS, mas na verdade não vão perder receita.”
O político destaca as propostas em tramitação no Senado e na Câmara estarem na direção certa com a simplificação e racionalização dos sistemas, mais justiça fiscal, desoneração da produção e enfrentamento da guerra fiscal.
MEIs
Rigotto destaca que com a reforma, as conquistas dos Microempreendedores Individuais (MEIs), como a redução de carga tributária para facilitar o empreendedorismo, não sofrerá retrocesso.