A vida das pessoas com deficiência registra uma história de lutas e enfrentamentos no curso do tempo. No século XIX, as pessoas com deficiência conviviam em instituições residenciais. Já no século XX, houve a desinstitucionalização e busca pela efetiva participação da pessoa com deficiência no mundo educacional, social e de trabalho, que eram direcionados por princípios políticos, filosóficos e científicos, sob a lógica “o deficiente pode se integrar na sociedade”.
A deficiência é um conceito que engloba o contexto socioeconômico e político de nossa época, bem como as influências culturais presentes na construção desse sujeito concreto, a pessoa com deficiência passa a ser reconhecida como pessoa, sujeito de direito, habilitação, reabilitação, integração à vida comunitária e proibição de qualquer discriminação.
A pessoa com deficiência é repensada e coexiste com a busca de ações inovadoras que proporcionem a participação plena na vida comunitária e o respeito à diferença. Pensar a pessoa com deficiência é extrapolar questões terminológicas e conceituais, é olhar para as habilidades, potencialidades, agir na promoção de condições para superação das dificuldades, enfrentamento de barreiras e conquista da autonomia. Uma das principais conquistas é a ruptura com concepções equivocadas que submetiam a pessoa com deficiência a atitudes de benesse, da caridade e do favor.
Atualmente, na perspectiva da inclusão social, a pessoa com deficiência colhe frutos de sua própria luta e de suas famílias e é envolvida nos diversos segmentos sociais, como sujeito de direitos e deveres, e busca a construção de uma sociedade que seja para todas as pessoas.
A Educação Especial tem papel fundamental nesse processo de inclusão.