O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) fechou o ano com alta de 5,4%. A apuração é da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Entre os componentes responsáveis pelo aumento estão os preços com mão de obra e materiais na construção, além de produtos de maior influência, como é o caso do minério de ferro.
Apesar do aumento, a variação é a menor desde 2019, quando fechou em 7,3%. Nos anos seguintes houve a disparada do percentual. Já sob influência da pandemia e os impactos econômicos, em 2020 a alta alcançou 23,1% e, em 2021, foi de 17,7%.
Para corretores de imóveis do Vale do Taquari, houve um momento de muita insegurança e tratativas para manter a renda dos locatários e reduzir o impacto no bolso de quem mora de aluguel. “Foi um período em que o dono do imóvel precisou escolher em manter o inquilino que pagava em dia ou pedir mais e correr o risco de perder esse valor”, lembra a administradora de uma imobiliária, Neima Librelotto. Para este ano, imagina um cenário melhor. “Esse percentual do IGP-M é mais próximo da realidade frente ao momento econômico”, pontua.
Negociação
As imobiliárias percebem menor procura na locação de imóveis desde novembro do ano passado. A expectativa é de reversão neste ano. “Estamos também em um momento de férias e aos poucos o trabalho retoma seu ritmo e os negócios engrenam”, diz Neima.
Menor variação do IGP-M
O setor de locação de imóveis chegou a cogitar a troca do indexador de reajuste durante a pandemia. Na avaliação do delegado da sub-região de Lajeado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) e representante do Sindicato das Imobiliárias do RS (Secovi), Marco Aurélio Munhoz, isso não foi necessário. “A partir do momento em que há imobiliárias de credibilidade, tanto o locatário quanto o locador têm a segurança nas operações”, destaca Munhoz.
A expectativa, destaca Munhoz, é manter durante o ano o percentual na faixa de 5%. “Conseguimos superar mais esse período de elevação e prevalece o mesmo indicador. De nada adianta trocar o índice, o que determina o mercado é a condição econômica.”
Variação no acumulado de cada ano
- 2022: 5,45%
- 2021: 17,78%
- 2020: 23,14%
- 2019: 7,30%
Fonte: FGV