Jornal Nova Geração

ESTRELA

Instalação de divisórias deve atender 200 famílias em abrigos

Colocação deve iniciar nos próximos dias, nos seis espaços disponibilizados pela prefeitura. Governo municipal aponta destruição de aproximadamente 2 mil residências

Crédito da imagem: Zique Neitzke

Com cerca de 200 famílias abrigadas em seis ginásios em Estrela, o governo municipal confirma a instalação de divisórias nos espaços. O objetivo é garantir mais privacidade às pessoas que estão abrigadas desde o início de maio devido à cheia histórica que atingiu o Vale do Taquari. Milhares de pessoas tiveram as residências destruídas no município em decorrência da tragédia.

A instalação das divisórias deve iniciar nos próximos dias e avançar até o mês de junho. Com seis abrigos abertos e registro de pessoas que já deixaram os espaços, a Secretaria de Assistência Social e Habitação (Sedeh) concluiu o levantamento de famílias em cada local. A secretária Renata Cherini explica a necessidade de entender o contexto familiar dos abrigados para avançar com a iniciativa.

Neste momento temos dados suficientes para saber quantas pessoas cada família têm e proceder com a colocação. São núcleos familiares com mais de cinco pessoas, assim como uniparentais”, esclarece a secretária. Além disso, Renata aponta a importância de ter atenção aos vínculos entre as pessoas que residem nos abrigos.

Para auxiliar no entendimento de como funcionam as divisórias, o município recebe uma equipe de assistência social de Blumenau, Santa Catarina. O município também passou por catástrofe semelhante em 2008, quando registrou a destruição de mais de 2 mil residências em decorrência de deslizamentos e precisou manter parte da população abrigada.

Soluções em habitação

De acordo com levantamento da prefeitura de Estrela, são mais de 2 mil residências destruídas ou danificadas. O prefeito Elmar Schneider aponta prejuízo de mais de R$ 1 bilhão. Diante da situação, ele diz que nenhuma família ficará sem moradia e enquanto isso não acontecer, ficarão abrigados nos espaços cedidos pela prefeitura.

O governo municipal trabalha em projetos para construção de novas unidades habitacionais. O plano mais avançado foi aprovado no início do ano com o objetivo de sanar os déficits ocasionados pelas cheias de 2023. São 100 residências por meio do programa Minha Casa Minha Vida Calamidade.

Para viabilizar a construção, o município adquiriu um terreno no valor de R$ 600 mil no bairro Nova Morada. Outro projeto entregue pela Sedeh é de 400 unidades habitacionais via Poder Público. Além disso, o governo municipal avalia possibilidades de parcerias público-privadas. “Vamos reconstruir casas e oferecer moradias”, afirma Renata.

Outro avanço é a aprovação de um projeto de lei que autoriza a prefeitura a receber, em doação, áreas de terras com superfície superior a cinco hectares para viabilizar a construção de novas moradias. A iniciativa facilita a habilitação de planos de habitação junto ao governo federal.

Famílias por abrigo
  • São José Operário: 40 famílias
  • Cristo Rei: 68 famílias
  • Linha São José: 18 famílias
  • Boa União: 49 famílias
  • Pinheiros: 8 famílias
  • Novo Paraíso: 19 famílias
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