O primeiro trimestre de trabalho da oficina de hapkido, ofertada aos jovens do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), de Fazenda Vilanova, já colhe bons resultados. Duas crianças garantiram vagas para o Campeonato Brasileiro da modalidade, que ocorre nos dias 3 e 4 de setembro, em Quaraí. Vitor Hugo Gozzo, de 13 anos, ficou em 3°lugar em lutas no campeonato gaúcho, realizado em abril, e Fernanda Dessbesell de Souza, de 9 anos, sagrou-se campeã em defesa pessoal.
Coordenado pelo professor Gilberto Borges da Costa, da Escola Espartanos, a atividade ocorre para cerca de 30 crianças, durante a manhã e tarde de segunda-feira, no ginásio Águia Azul. Segundo ele, os treinos iniciaram em janeiro, junto com o calendário de campeonatos. “Convidamos o Vitor e a Fernanda para participar. A ideia era levar mais gente, mas como estamos no início, optamos pelos dois, assim eles representam os demais”, conta.
Conforme Costa, essa é a primeira vez que uma cidade do interior ganha o campeonato gaúcho de hapkido. “É um esporte não tão conhecido como o box e a capoeira, mas não deixa de ser uma arte marcial bem completa. Agora temos seis meses para trabalhar esses jovens para o brasileiro”, observa.
A competição gaúcha é organizada pela Federação Riograndense de Hapkido e a nacional pela Confederação do Brasil de Hapkido. O brasileiro dará vaga ao Panamericano que será dia 8 de outubro, em Assunção, no Paraguai. Os vencedores disputarão o Mundial de Hapkido, em Orlando, nos Estados Unidos, no dia 8 de novembro.
Além da parte técnica
A técnica de referência e psicóloga, Josiani Schmidt, explica que o projeto visa ocupar os alunos no contra turno da escola. Além da parte técnica, existe a possibilidade de trabalhar foco, concentração e disciplina. “Queremos mostrar a importância do esporte como um todo. Não adianta serem muito bons no hapkido e não estarem bem na escola. Os princípios que aprendem no tatame, servem para a vida deles”, ressalta.
Bom resultado
Vitor Hugo Gozzo lembra que ficou nervoso durante o campeonato gaúcho, mas o professor ajudou ele a ficar calmo e conseguir um bom resultado. “Agora é treinar bastante para ganhar o primeiro lugar no brasileiro e assim ir para o mundial”, frisa.