Jornal Nova Geração

ESTRELA

Languiru inaugura indústria no complexo portuário nesta sexta

Ato para marcar início das operações apresenta estrutura da unidade e atividades propostas. Investimento de R$ 40 milhões permite ampliação na armazenagem dos grãos e melhorias na logística da cooperativa

Com previsão de receber produção a partir de janeiro, área adquirida será a central de operação para armazenagem de milho e soja, entre outros. Crédito: Jhon Willian Tedeschi

A Cooperativa Languiru inaugura a unidade industrial no complexo portuário de Estrela na manhã desta sexta-feira, 16. A compra de aproximadamente 70% da área do Porto foi efetivada em 16 de novembro com investimento de R$ 40 milhões. Desta forma, a cooperativa é a segunda empresa a ocupar a área portuária desde a municipalização.

A aquisição representa um salto do sistema de armazenagem da produção. Ao todo, serão dez silos com capacidade de 3 mil toneladas. Durante o evento, serão apresentados a estrutura da unidade de armazenagem, bem como um projeto de atividades e propostas. A história do local e a trajetória da Cooperativa Languiru também serão relatadas durante o momento.

O presidente Dirceu Bayer avalia a inauguração como um momento de transformação da cooperativa. Segundo ele, a produção esteve acentuada nas proteínas animais durante os últimos anos. No entanto, a queda no desempenho da cadeia produtiva de suínos, bovinos e aves causou prejuízos à Languiru. Bayer destaca que, ao contrário das carnes, a produção de grãos gera bons resultados.

“A partir de agora vamos ter uma nova alternativa rentável para podermos consolidar o projeto da nossa cooperativa e atuar nesse segmento. Será uma mudança radical na matriz produtiva. Mesmo sendo uma empresa diversificada em termos de indústria, percebemos que a produção de carnes não é mais tão rentável. Então vamos nos fortalecer atuando no segmento dos grãos”, pontua o presidente.

Com dificuldades de armazenar a produção atual, o espaço atenderá as necessidades da cooperativa. Com previsão de receber produção a partir de janeiro de 2023, a área adquirida será central de operação para armazenagem de milho e soja, entre outros produtos. A instalação no espaço também deve auxiliar na redução de custos.

Hoje, a produção fica armazenada na fábrica de rações, também em Estrela. No entanto, a estrutura comporta apenas o equivalente a um mês de consumo. Segundo Bayer, a estrutura no complexo portuário terá capacidade de manter produção proporcional a um ano de consumo. “Poderemos fazer compras estratégicas, comprar grãos quando os preços estiverem melhores e teremos onde guardar”, ressalta.
O vice-governador eleito no Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), confirmou presença na inauguração da unidade industrial.

Demissões à vista

Devido ao momento financeiro delicado, a cooperativa projeta o enxugamento das operações. Cerca de 500 funcionários foram desligados neste mês. E mais demissões podem ocorrer em janeiro. O comunicado foi feito pelo presidente durante assembleia da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) na manhã da quarta-feira, 14, no Estrela Palace Hotel.
Segundo o gestor, a decisão se justifica por conta da redução na produção de aves e suínos. “Estamos ajustando a situação. Se produzirmos menos, naturalmente precisamos de menos pessoas”, pontua Bayer. O presidente destaca que o anúncio foi feito na intenção de buscar auxílio dos líderes municipais. As operações na nova unidade devem auxiliar na logística da cooperativa e na redução de custos.

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