A câmara de vereadores promove um espaço para que crianças e adolescentes tenham seus primeiros contatos com a política. A partir da próxima semana, começa um roteiro com visitações a 15 escolas do município, nas redes pública e privada, para apresentação do projeto Legislativo Mirim. A iniciativa volta ao calendário do parlamento estrelense após quatro anos.
A proposta é que alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental possam apresentar demandas da comunidade escolar e tenham uma experiência no mesmo ambiente utilizado pelos vereadores. Entre os dias 7 e 11 de novembro, os parlamentares vão convidar as instituições e os alunos, e explicar qual a função da câmara, o que pode ou não pode ser feito.
Em seguida, os vereadores querem receber os escolhidos pelas escolas para uma reunião, após o feriado do dia 15 de novembro, para definição da mesa diretora. “Vamos explicar o funcionamento da sessão, para que o presidente faça o roteiro uma semana antes e possa entender e estudar”, comenta o presidente do Legislativo, Márcio Mallmann (PP).
Participação dos jovens
O progressista realça a importância da formação de novos líderes. “É um incentivo para eles dizerem o seu sim.” Ele acrescenta que o processo de montagem de chapas pode ser facilitado a partir dessa oportunidade aos mais jovens. “Algumas pessoas dizem, ‘meu Deus, como aparecem candidatos sem capacidade’, mas as lideranças que estavam à frente de entidades e fizeram muito por Estrela, muitas vezes não se dispõem a participar da política”.
Mallmann lembra de quando participou do primeiro grupo de vereadores mirins formado no município, em 1995. “Fiquei muito feliz quando uma das minhas demandas foi atendida e isso me motivou a seguir pelo caminho da política”, conta. Além dos projetos, o jovens parlamentares poderão apresentar indicações e pedidos de providência, por exemplo.
Projetos com recurso garantido
A câmara fez uma combinação com o Executivo, para disponibilizar R$ 5 mil por escola, valores oriundos de devoluções feitas pelo Legislativo, de acordo com Mallmann. “Não queremos frustrar os participantes. Já aconteceu de apresentarem projetos muito grandes, não factíveis, que não cabiam no orçamento”, explica. As escolas municipais podem fazer projetos para ações dentro da instituição, enquanto as estaduais e privadas precisam definir projetos para o entorno, em áreas públicas.
A sessão com os vereadores mirins está programada para o dia 30 de novembro, com transmissão online em horário a ser confirmado. Mallmann adianta que os jovens poderão utilizar toda a estrutura usada pelos parlamentares, inclusive com a possibilidade de adequação do sistema eletrônico de votação.