ESTRELA – São mais de três anos residindo em Linha Geraldo. Como trabalha como professora na área central de Estrela, Loreci Portz se desloca diariamente pela estrada geral da comunidade. No percurso, algumas imagens são frequentes, como lixo descartado na beira da via. Os sacos com lixo comum, entulhos, restos de materiais de construção e até colchões, que nesta semana estavam na estrada, ficam em uma área onde não há moradores próximos, o que leva a acreditar que pessoas de fora da comunidade estejam realizando o descarte incorreto. “A maioria dos vizinhos acredita que sejam pessoas de fora, porque aqui passa o caminhão de lixo uma vez por semana. Só nesse ponto da estrada eles largaram cinco ou seis sacos de lixo e isso está aí desde setembro”, reclama.
O secretário de Meio Ambiente e Saneamento Básico, Gaspar Franco, disse que as situações são muito recorrentes. “Vamos no local, averiguamos, mas de que forma vamos pegar quem fez? Não temos monitoramento eletrônico no interior e não temos como ter por enquanto, então se não tem uma denúncia direta de quem foi, não temos como agir nesse sentido, e teria que ter até boletim de ocorrência em relação a isso”, explica.
Franco destaca que quando a secretaria recebe a denúncia, faz averiguação e, se o material é passível de ser recolhido pela empresa que já faz a rota do interior (lixo seco), ele é retirado do local. “A empresa terceirizada tem sido muito parceira neste sentido. Interessante é recebermos foto, para que o pessoal possa averiguar e fazer o recolhimento”, explica. Para recolhimento de entulhos, a denúncia também precisa ser feita à pasta, pelo 3981-1043. Desta forma, a secretaria envia o pedido à Obras, que faz esse tipo de coleta.
Animais
Outro problema registrado, muito comum também em outras localidades, é o abandono de animais. No domingo, dois cachorros foram deixados na estrada (foto abaixo). “Terça-feira de tarde só tinha mais um e acham que o outro talvez tenha sido atropelado. Quando voltei do trabalho já não tinha mais nenhum”, lembra Loreci. A moradora destaca que já adotou animais abandonados, assim como os vizinhos, mas que não é possível ficar com todos. “Às vezes tento avisar a Aepa ou coloco no Facebook para ver alguém para adotar.”
Franco explica que a prefeitura não tem capacidade de recolher todos os animais abandonados, pois falta espaço físico no Canil Municipal. “Recolhemos os que são vítimas de maus-tratos e que estejam com algum problema nesse sentido. Claro que o abandono é maltrato, mas é muito difícil recolhermos todos.”