Jornal Nova Geração

Opinião

Airton Engster dos Santos

Cai Fora: o grupo de bolão que uniu esporte e amizade em Estrela nos anos 50

O grupo de bolão “Cai Fora”, ligado à Sociedade Ginástica de Estrela, marcou uma época em nossa comunidade, unindo esporte e confraternização entre algumas das personalidades mais ilustres da região. O grupo além das disputas construía laços de amizade e pertencimento que perduram na memória local. Em 1954, uma foto histórica eternizou um desses encontros festivos, revelando o espírito alegre e acolhedor que sempre permeou suas reuniões. O “Cai Fora” participava ativamente de torneios de bolão em diversos municípios, sempre representando Estrela com muito orgulho e dedicação. A prática do bolão, que se popularizou na época como uma forma de lazer e esporte, também funcionava como um elo entre comunidades, promovendo intercâmbio cultural e social. O grupo também se destacava por suas excursões, que iam além das fronteiras do município, chegando a outros estados e levando o nome de Estrela e da Soges para longe.

Marujo e Seu FNM: trabalho, música e progresso em Estrela

Na administração do prefeito Aloysio Valentim Schwertner, o município de Estrela viveu um período de grandes transformações, incluindo a modernização de sua frota de veículos. Um dos marcos dessa gestão foi a aquisição de um caminhão FNM, que passou a ser conduzido por Mário Porfírio, conhecido carinhosamente como Marujo. Além de sua habilidade ao volante, Marujo tinha outro talento: a música. Nos fins de semana, ele gostava de reunir amigos para rodas de música, trazendo à vida o som da gaita e do violão, transformando esses momentos em uma celebração da amizade e da cultura local. A imagem de Marujo ao lado de seu caminhão FNM, atendendo uma comunidade rural, representa o esforço de um homem que foi um símbolo do compromisso da administração com o desenvolvimento do município e com o bem-estar das pessoas. Sua dedicação tanto ao trabalho quanto à música fez dele uma figura emblemática na história de Estrela, unindo progresso e tradição de forma única.

Posse do intendente Francisco Ferreira de Brito (1904-1908)

Em 7 de setembro de 1904, o município de Estrela vivenciou um momento decisivo com a realização das eleições municipais. Esse processo democrático definiu o novo mandato de 1904 a 1908, com Francisco Ferreira de Brito sendo reeleito para o cargo de intendente. Sua liderança havia sido marcada por avanços importantes, o que garantiu a confiança dos eleitores para um novo ciclo de governo. Além de Brito, foram eleitos os conselheiros municipais que teriam papel fundamental na gestão do município. Os novos representantes eram figuras de destaque na comunidade, como Nicolau Müssnich, Antônio Carlos Porto, Luiz Dexheimer, Carlos Windner, Olympio Cavagna, Frederico Dreyer e Adolfo Martins Ribeiro. Juntos, formaram uma equipe destinada a liderar Estrela nos próximos quatro anos, visando o progresso e o bem-estar da população. A solenidade de posse ocorreu em 15 de outubro de 1904, marcando oficialmente o início de suas atividades à frente da administração municipal.

Henrique Senger: legado de serviço público e liderança em Estrela (1871-1942)

Henrique Senger foi uma figura de destaque em Estrela, atuando como notário, comerciante e conselheiro municipal. Ele foi eleito para o mandato de 15 de outubro de 1916 a 15 de outubro de 1920, período em que contribuiu ativamente para a administração local. Com uma forte ligação com a comunidade, Senger era reconhecido por sua integridade e pelo trabalho dedicado ao desenvolvimento de Estrela, especialmente no campo jurídico e comercial. Em 1922, Henrique Senger assumiu uma responsabilidade adicional ao ser nomeado encarregado do registro eleitoral estadual, além de seu cargo no 2º Notariado de Estrela. Sua atuação nesse período foi fundamental para organizar e garantir a regularidade dos processos eleitorais locais. Sua competência em ambos os papéis foi amplamente elogiada, refletindo seu compromisso com a legalidade e a eficiência do serviço público. Nascido em 8 de março de 1871, ele faleceu em 2 de agosto de 1942, na cidade que tanto ajudou a moldar. Senger foi casado com Maria Ruschel.

 

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