Jornal Nova Geração

Opinião

Airton Engster dos Santos

Casarão Histórico e a evolução da sede do governo a partir de 1885

Em 1885, a Câmara Municipal de Estrela tomou uma decisão que marcaria a história administrativa da cidade: a aquisição do casarão oferecido por Antônio Vitor de Sampaio Menna Barreto. O imóvel, adquirido por 16:000$000, tornou-se a primeira sede permanente da Câmara, um marco no fortalecimento da estrutura governamental local. Anos depois, em 1892, a Intendência passou a compartilhar o mesmo espaço, consolidando o casarão como o coração político e administrativo do município. O prédio simbolizava a organização administrativa e servia como ponto de referência para a população estrelense. Em 1954, o antigo casarão foi demolido, abrindo espaço para o atual prédio da Prefeitura de Estrela. A modernização da estrutura reflete o crescimento e as transformações pelas quais o município passou ao longo das décadas. Apesar da substituição, a memória do casarão histórico permanece viva, lembrada como o alicerce da gestão pública em Estrela.

Abertura do primeiro poço artesiano de Estrela em 1925

Em 1925, Estrela alcançou um marco significativo em sua infraestrutura com a abertura do primeiro poço artesiano da cidade, uma iniciativa autorizada pelo governo municipal. Com impressionantes 207 metros de profundidade, o poço foi concebido para atender às necessidades da indústria de cervejas de Luiz Ignácio Müssnich, um empreendimento que simbolizava o crescimento econômico e a inovação industrial na região. Sob a administração do intendente André Marcolino Mallmann, o projeto também refletiu um compromisso com o bem-estar coletivo, destinando parte da água extraída para abastecer a comunidade da Vila. Além de garantir um recurso essencial para a produção de cervejas, o poço simbolizava um avanço na infraestrutura hídrica, ampliando o acesso à água potável em uma época marcada por desafios na distribuição desse recurso.

Bênção da imagem do Sagrado Coração de Jesus em 1895

Em 1895, um momento especial marcou a história religiosa de Estrela com a bênção da imagem do Sagrado Coração de Jesus, doada pelo Apostolado da Oração à Paróquia Santo Antônio. A cerimônia, conduzida pelo então vigário Padre Emílio Reischmuth, destacou-se pela devoção e unidade da comunidade católica local. A bênção ocorreu durante uma celebração solene, reafirmando a fé e a espiritualidade que guiavam os paroquianos em seu dia a dia. A imagem tornou-se um símbolo de esperança e proteção, integrando-se de maneira significativa à vida religiosa de Estrela.
Após a Santa Missa, a ocasião foi celebrada com um almoço comunitário, reunindo fiéis em um gesto de fraternidade e gratidão. Esse encontro reforçou os laços de convivência entre os moradores, unindo-os em torno de um propósito comum de fé e partilha.

Estrela e o Legado de Dr. Roberto Jannasch em 1905

Em 1905, Estrela teve a honra de receber a visita do renomado sábio alemão Dr. Roberto Jannasch, cuja trajetória acadêmica é marcada por contribuições significativas às ciências naturais, geografia e estudos históricos. Sua vinda ao Brasil simbolizou o estreitamento dos laços entre a Alemanha e as comunidades de imigração germânica no país, promovendo o intercâmbio de conhecimentos culturais e científicos. Atuante em sociedades científicas e históricas, Jannasch dedicou-se a compreender os desafios enfrentados pelos imigrantes em um novo território, sempre com um olhar meticuloso e inovador. Sua presença em Estrela trouxe inspiração e reforçou a importância da ciência como ferramenta para o progresso e a integração cultural. Com uma curiosidade abrangente, Jannasch explorou os aspectos naturais das regiões de colonização alemã no Brasil, investigando o clima, a flora e a fauna locais. Sua abordagem metodológica destacou os impactos do meio ambiente na vida dos imigrantes, fornecendo uma compreensão mais ampla sobre a adaptação dessas comunidades ao novo território.

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