Jornal Nova Geração

Opinião

Airton Engster dos Santos

Colonização alemã e as primeiras moradias

Durante o período da colonização alemã em Estrela, as moradias dos primeiros imigrantes eram verdadeiras testemunhas de sua determinação e habilidade em enfrentar os desafios da nova terra. Erguidas em um esforço coletivo, as choupanas iniciais eram construídas com materiais locais: árvores derrubadas e talhadas em barrotes robustos, cobertas por galhos amarrados com cipós. Essas estruturas simples, frequentemente compostas apenas por uma cozinha e um dormitório, tinham como piso o chão batido e, inicialmente, o fogão era montado com pedras de barro, sem qualquer proteção de chapa de ferro. A disponibilidade de água era um desafio constante. No início, os imigrantes dependiam dos arroios próximos para abastecimento, evoluindo posteriormente para o uso de cisternas que captavam água da chuva. A necessidade levou à escavação de poços, garantindo um suprimento mais seguro e estável. Quanto à higiene pessoal, ela começava de maneira simples, em bacias improvisadas, e se expandia para os riachos e rios da região, refletindo a adaptação gradual dos colonos ao ambiente desafiador que escolheram chamar de lar.

A evolução das habitações na colonização alemã

Com a chegada das novas ondas de colonos alemães a paisagem arquitetônica começou a transformar-se significativamente em Estrela. Munidos de ferramentas melhoradas como serrotes e serras próprias para beneficiamento da madeira, os imigrantes iniciaram a construção de casas mais sólidas, revestidas com tábuas maciças que conferiam maior durabilidade e resistência. Essas habitações, ainda predominantemente de madeira, começaram a incorporar elementos essenciais como fechaduras e dobradiças, facilitando o dia a dia dos colonos em suas novas terras.
O modelo tradicional de casa nessa época refletia a organização familiar e as necessidades agrícolas da comunidade. Dividida em dois blocos distintos, a moradia incluía um primeiro bloco com dormitórios e sala de estar, onde um espaço com assoalho recebia visitas e fortalecia os laços sociais. O segundo bloco abrigava a cozinha, equipada com fogão a lenha que preparava as refeições, mas também funcionava como centro de convívio familiar. Além disso, era comum encontrar uma despensa para armazenar alimentos e um porão estratégico, utilizado para guardar grãos, ferramentas agrícolas e outros utensílios essenciais à vida rural.

Leia mais colunas:

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.