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BOM RETIRO DO SUL

Moradores denunciam pesca ilegal na barragem

No período de piracema é proibido pescar no trecho próximo da barragem eclusa

Moradores que vivem próximos ao entorno da Barragem Eclusa estão preocupados com a pesca irregular nas margens do Rio Taquari durante a piracema. Conforme relatos, além da prática ilegal, a reclamação persiste por conta do bararulho feito pelos pescadores.

Piracema é o período em que a temperatura da água aumenta, favorecendo a reprodução dos peixes. Durante este período, fica proibida a captura e o uso de redes por parte dos pescadores profissionais ou qualquer outro tipo de pesca. Neste ano, a piracema iniciou em 1° de novembro e vai até o dia 31 de janeiro de 2022.

De acordo com os moradores e pescadores profissionais, as ações por parte da administração da Barragem Eclusa e da Patrulha Ambiental da Brigada Militar de Estrela (Patram) não são eficazes. “Todo fim de semana é uma esculhambação na barragem. Têm pessoas que estão pescando até com rede.”

Conforme portaria do Ibama, fica proibida a prática em até 1,5 mil metros “a montante e a jusante” da barragem. Nos demais locais, a pesca pode ser feita com até um apetrecho por pessoa, respeitando o limite da barragem, e somente com carteira de pescador.

De acordo com o comandante da Patram, sargento Adilson Brum, a corporação recebe ao menos uma denuncia de pesca irregular por semana desde o início da piracema. Até o momento, duas pessoas foram flagradas e mais de 5 mil metros de rede foram recolhidos.

Segundo ele, a maior dificuldade da Patram está em realizar o flagrante. Assim que a denúncia é recebida, é traçado um plano para conter a situação. Por isso, ele reforça a importância das denúncias. “As pessoas sabem que demoramos até conseguir colocar o barco no rio e chegar até onde estão praticando a pesca ilgeal”.

Em caso de flagrante, a Patram faz boletim de ocorrência e encaminha para o Ministério Público, que decide se seguirá com a denúncia. A pessoa pode receber multa financeira e responder por crime ambiental.

O sargento ainda reforça que não há informação suficiente no entorno das áreas proibidas. Segundo ele, é importante reforçar, pois nem todas as pessoas estão cientes sobre as regras de pesca e o período de piracema.

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