Com prejuízo milionário na Educação devido às cheias que atingiram a região, Estrela precisou reorganizar a rede municipal de ensino para dar andamento no ano letivo. Diante da situação, o Ministério Público arquivou uma denúncia de suposta superlotação na Escola de Educação Infantil (Emei) Casa da Criança Estrelense.
O município teve oito escolas atingidas. Destas, cinco foram destruídas. A perda total ultrapassa R$ 24 milhões. Como forma de minimizar o impacto, a Casa da Criança Estrelense acolheu três escolas de Educação Infantil: Pingo de Gente, Arroio do Ouro e Cantinho do Lar. Outros espaços escolares também recebem alunos que tiveram os locais de aulas destruídos.
De acordo com o documento, o município “buscou a melhor solução para o problema, de forma a não deixar as crianças fora da escola”. O Ministério Público entende que a pasta atuou de forma efetiva para garantir o acesso à educação e o acolhimento das crianças atingidas nos espaços escolares.
Segundo a secretária de Educação, Elisângela Mendes, os alunos foram colocados nas escolas de acordo com o local em que residem neste momento, de acordo com o critério da territorialidade. Além disso, as equipes dos educandários também foram remanejadas para as escolas que acolheram as crianças, a fim de não sobrecarregar as demandas.
“Todas as ações tomadas pela Secretaria de Educação neste momento de calamidade, nessa reorganização, têm o acompanhamento do Ministério Público. Em uma situação dessas é necessário adaptar o atendimento de acordo com a realidade. Foram feitas visitas nas escolas que estão atendendo os alunos atingidos”, comenta Elisângela.
Além da Emei Casa da Criança Estrelense, a Emei Paulo Freire acolhe os alunos da Criança Feliz e a Estrelinha recebe as crianças da Raio de Sol. A Emef Cônego Sereno Hugo Wolkmer retomou as atividades na segunda-feira, 3, bem como os alunos da Emef Leo Joas foram encaminhados à escola Odilo Afonso Thomé.
“Não é o cenário ideal, mas fazemos o possível para manter a rede atendendo. Crianças perderam casa e escola. Estão em abrigos ou casas de terceiros. Reorganizamos o sistema de ensino com a finalidade de acolher esses alunos, com a prioridade em garantir que eles estejam em segurança na escola” conclui a secretária.
Prejuízo por escola
- Emei Arroio do Ouro:
R$ 1,7 milhão - Emei Cantinho do Lar:
R$ 2,1 milhões - Emei Estrelinha:
R$ 60,5 mil - Emei Criança Feliz:
R$ 3,4 milhões - Emei Pingo de Gente:
R$ 2,6 milhões - Emei Raio de Sol:
R$ 2,9 milhões - Emef Cônego Sereno Hugo Wolkmer:
R$ 1,2 milhão - Emef Leo Joas:
R$ 10,2 milhões
Total: R$ 24,1 milhões