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ESTRELA

Municipalizações encontram resistência em pais e servidores

A transferência da gestão de duas escolas para o governo municipal é motivo de mobilizações de famílias e funcionários. Enquanto um grupo levou suas demandas ao Legislativo, outro prepara abaixo-assinado e manifestação em repúdio à medida

Na sessão da câmara desta semana, representantes das instituições protestaram (Foto: Divulgação)

Uma semana após o anúncio da municipalização de duas escolas estaduais, o assunto segue com grande repercussão. Enquanto pessoas ligadas à Emef Moinhos preparam um abaixo-assinado e organizam uma manifestação em frente à prefeitura, outro grupo vinculado à Emef 20 de Maio foi a câmara de vereadores na sessão da segunda, 4, para demonstrar contrariedade.

Com uma faixa em referência aos 56 anos da instituição, um grupo com cerca de 10 funcionários da escola localizada no bairro Oriental foi buscar apoio junto ao Legislativo.

O movimento foi tema na tribuna, com ponderações feitas quanto a atuação do colégio na comunidade e questionamentos sobre a eficiência do formato de trabalho que o município irá implementar.

O vereador que mais falou do assunto foi Volnei Zancanaro (PSL). Ele afirmou que, em visitas aos bairros, todos os comentários foram positivos sobre a atuação das escolas. “Sabemos que existe um trabalho feito pelas escolas que trouxe os pais para dentro das instituições.” Outro aspecto ressaltado pelo parlamentar foi que o projeto de municipalização não passa pela câmara.

Em outra frente, pais de alunos da escola Moinhos juntam assinaturas para evitar o avanço dos planos do governo municipal. As maiores críticas são quanto à falta de diálogo e a preocupação se as mudanças serão feitas.

Na avaliação deles, a proposta do município é boa, mas vai mexer em uma escola que funciona muito bem. “Estamos indignados com a falta de respeito. Não queremos que mude”, afirma Maiara de Moura, mãe de uma aluna.

Decisão será do Estado

A 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) explica que há um trâmite de análise dos dados das escolas, para aí começar o procedimento de municipalização. E que, no final, a decisão é da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), através de uma portaria.

“Temos que fazer uma audiência pública com a comunidade escolar, ou seja, não é um processo que ocorre de um dia para o outro”, pontua a coordenadora Cássia Benini.

Administração com discurso mantido

O município mantém o posicionamento da nota oficial emitida na semana passada. Não há processo em andamento para formalizar a cedência das instituições para o governo, que pretende agendar reuniões para apresentar a proposta às comunidades escolares.

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