Considerada por muito tempo uma das principais passagens de pedestres sobre rios e arroios, as “pinguelas” ainda fazem parte do cotidiano de diversas localidades. Na cidade de Imigrante, a administração municipal trabalha na restauração das pontes de madeiras ou tronco e no resgate histórico da utilização da infraestrutura nas comunidades.
Após o reparo das pontes, a Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo planeja criar um roteiro que interligue as sete pinguelas existentes no município. Destas, quatro já passam pelo processo de reconstrução. Segundo o secretário Charles Porsche, é comum que os moradores ainda utilizem as passagens.
“Hoje não existe mais a necessidade que tinha antes, que era um dos poucos meios para atravessar os arroios. Mas queremos deixar funcional e atrativo para que mais pessoas possam usar, porque isso também faz parte do desenvolvimento de Imigrante. Queremos contar a história de cada pinguela, falar de como surgiu”, explica Porsche.
Em paralelo ao restauro das pontes, a secretaria atua na pesquisa histórica das peças. O objetivo é contar como surgiu e os motivos para construção de cada pinguela, se permanecem no mesmo local e como influenciou no cotidiano da população. Também são feitas entrevistas com pessoas da comunidade e sobre os comércios nas proximidades.
Uma das histórias abordadas no projeto, traz o surgimento de uma pinguela na Seca Baixa, que era utilizada pelos moradores devido ao um moinho que ficava de um lado e uma serraria movida a água do outro, bem como encurtar o trajeto da comunidade próxima ao comércio local. Além disso, terá um diagnóstico de quais localidades mais passavam pela ponte.
O projeto de turismo, que ainda está em construção, também passará por outros pontos turísticos do município. De acordo com o secretário, o roteiro deve ser lançado até o fim do ano.
