Representantes dos municípios da microrregião do G7 se reuniram na sexta-feira, 28, em Teutônia, para debater a necessidade de melhorias na BR-386. Entre as solicitações, obras no entroncamento da rodovia federal com a ERS-128, em Fazenda Vilanova. A via estadual oferece acesso à região da Serra.
A reforma no acesso à Via Láctea está prevista para o 13º ano de concessão da CCR ViaSul. No entanto, lideranças locais apontam os riscos em trafegar na rótula entre as duas rodovias. “Estão acontecendo muitos acidentes. No ano passado houve acidentes com morte. Queremos uma forma de antecipar as obras na próxima revisão do contrato de concessão”, afirma o prefeito de Fazenda Vilanova, Amarildo da Silva.
A reunião contou com a participação do presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), Ivandro Rosa. O grupo busca alinhar estratégia para solicitar junto aos órgãos competentes providências para encaminhar o pedido de reformas.
Membro da Comissão Tripartite da concessão da BR-386, Rosa explica que para antecipar a obra de reformulação do entroncamento, com a construção de uma nova alça de acesso – “tipo trombeta” – o pedido deve ser avaliado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e posteriormente ser debatido em audiência pública.
“É importante que os municípios se articulem para mostrar a relevância desta intervenção. A ERS-128 não é apenas um acesso entre Fazenda Vilanova e Teutônia. A vida liga a BR-386 à RSC-453. A população da serra utiliza a rodovia para se deslocar à capital. Essa solicitação é relevante”, avalia Rosa.
Durante o encontro, os representantes decidiram produzir um documento pelo G7 para solicitar a antecipação da obra. Como em 2024 completam cinco anos da concessão, haverá a primeira revisão contratual quinquenal, o que poderia ser uma oportunidade para apresentar o pedido junto à empresa concessionária.
O grupo também deve buscar apoio da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). A solicitação do G7 vai disputar com outras reivindicações do estado sobre mudanças no plano de obras da concessão. Se efetivada, pode impactar também nas tarifas do pedágio. No entanto, segundo Rosa, o acréscimo deve ficar na casa dos centavos.
Ponto crítico
Conforme Rosa, desde o período da elaboração do projeto para a duplicação no trecho Tabaí-Estrela, no fim dos anos 2000, havia a demanda pela construção de uma elevada, mas não houve mobilização dos líderes locais para garantir a inclusão da obra. O atual entroncamento foi feito depois da duplicação, por pressão dos prefeitos, mas não oferece as condições ideais de segurança.
O prefeito de Fazenda Vilanova reforça a necessidade de melhorar o cruzamento. Segundo ele, nos horários de pico, o ponto se torna muito perigoso. Além disso, o município tem planos de se expandir para a área próxima às duas rodovias, o que também requer melhores condições de infraestrutura e mobilidade.
O G7 é presidido pela prefeita de Poço das Antas, Vânia Brackmann, e também inclui os municípios Teutônia, Westfália, Colinas, Imigrante, Paverama e Fazenda Vilanova.