O secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, concedeu entrevista ao programa Frente e Verso nesta quarta-feira, 15, na Rádio A Hora. Em pauta, estava o novo projeto lançado pelo Estado, voltado aos produtores de leite atingidos pelos eventos climáticos de setembro.
Atento à crise que já afeta o setor leiteiro, o Governo do Estado anunciou nesta segunda-feira, 13, cerca de R$ 2,3 milhões em recursos para a reestruturação dos produtores após as enchentes e estiagens deste ano. Para a elaboração do projeto, a Emater fez um mapeamento das principais necessidades nos municípios que decetaram situação de calamidade pública.
Aos produtores de leite, será disponibilizado um financiamento de até R$ 15 mil por meio do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). A linha de crédito se destina à pessoa física e possui bônus adimplência de 80% sobre o valor financiado, com prazo de carência de até três anos e amortização em até cinco anos para o contrato. Conforme Santini, a Secretaria estima que serão em torno de 150 famílias beneficiadas.
Para receber o subsídio, o produtor deverá manifestar seu interesse junto a Emater até 24 de novembro. A distribuição dos recursos seguirá critérios de prioridade. “Ainda virão mais R$15 milhões para a recuperaão do solo nos municípios afetados pela cheia”, citou Santini.
Desafios para o futuro
A Secretaria de Desenvolvimento Rural é recente, criada em janeiro de 2023. Entre os pontos de atenção da pasta, Santini cita a produção de soja e trigo também, que têm sofrido com as constantes chuvas no Estado. No setor de proteína animal, a maior dificuldade é o custo de produção. Novas políicas para o incentivo da produção de milho, por exemplo, estão em estudo.
Ainda, Santini destaca que as mudanças climáticas já são um fenômeno analisado pela Secretaria. “Não se pode mais falar hoje em agricultura sem falar de meio ambiente”, cita. “Aqui no RS, nós estamos no eixo das mudanças. É possível que, no ano que vem, as chuvas sejam mais regulares, mas, no próximo, já devemos sentir uma nova estiagegm”, estima. Para isso, o Estado trabalha com estudos e pesquisas para preparar respostas aos desafios climáticos.
