Jornal Nova Geração

OPINIÃO

Papel da sociedade no controle de pragas urbanas

"Os desafios no combate a essas pragas são diversos e complexos, como o fato delas serem altamente resistentes”

Pragas urbanas por definição são pequenos seres vivo que se proliferam no meio urbano de maneira descontrolada e de modo que tragam algum prejuízo para nós seres humanos. Esses prejuízos podem ser tanto financeiros, por exemplo, toneladas de alimentos são perdidos ou descartados mensalmente por terem tido contato com alguma praga, estruturais como aquelas armações de madeira que devem ser trocadas quando constatada a presença dos terríveis cupins, assim como o que mais ouvimos falar que é sobre as questões relacionadas à saúde da população em geral. São muitas as doenças causadas pelas pragas urbanas, as mais conhecidas como a leptospirose, causada pela urina de roedores, a febre amarela e a dengue, ambas causadas pela picada do mosquito Aedes Aegypti fêmea até a peste bubônica transmitida principalmente por pulgas.

Logo, o controle de pragas é relevante não somente por questões de higiene, segurança e bem estar, mas sim uma questão de saúde pública, e as ações contra a presença desses seres indesejados vão muito além da aplicação dos inseticidas, apesar de essa ser uma ferramenta imprescindível.

Os desafios no combate a essas pragas são diversos e complexos, como o fato delas serem altamente resistentes, com incrível senso de sobrevivência e com grande habilidade de adaptação. Por mais que tenham sido originárias de habitats diferentes do nosso, elas conseguem viver muito bem no nosso meio, onde nós mesmos muitas vezes somos os responsáveis por garantir alimento, abrigo, acesso e umidade necessários para seu desenvolvimento e proliferação.

Além disso, as causas desse problema estar cada vez mais presente em nossas vidas vão desde a carência da correta higiene dentro de nossas casas, a falta de informação sobre como funcionam essas pragas e o que podemos fazer para combatê-las, a necessidade de normas e fiscalizações mais rígidas em ambientes que costumam atrair a presença e ser criadouro das mesmas, até a ausência de investimentos e planejamentos suficientes nas cidades, onde é comum, por exemplo, a falta de saneamento básico.

Ou seja, sabemos que a presença de pragas urbanas é um problemão e que atinge a sociedade como um todo, estamos cientes também que não iremos resolver essa questão de um dia para outro até porque nós seres humanos estamos nesse planeta há muito menos tempo que elas, mas porque não começarmos hoje com um pequeno passo? Como sabemos o Aedes aegypti foi disseminado pelo homem de forma passiva, o mosquito coloca seus ovos em sua maioria em reservatórios d’água artificiais, então quem sabe iniciamos hoje com aquela ronda no nosso quintal ou varanda, fazendo uma vistoria completa na nossa casa à procura de objetos que podem estar acumulando água, como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, vedando reservatórios d´água ou qualquer outro objeto que possa armazenar água de chuva. Vamos juntos construir um ambiente mais saudável para a nós e nossa sociedade.

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