Os prefeitos da microrregião de Teutônia monitoram a situação da Languiru, mas não recebem informações sobre os rumos da cooperativa. O prefeito Celso Forneck, em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, nesta terça-feira, 21, diz que duas reuniões do G7 com o presidente Dirceu Bayer foram desmarcadas.
Segundo a direção, o encontro deve ocorrer quando a situação estiver mais calma. “Todos nós prefeitos queremos ajudar. Para isso, precisamos saber da real situação. Não sei o que está acontecendo.”
Forneck entende que o Estado deveria intervir e ser o intermediador. A negociação entre diretoria e associados está tencionada. “Isso é ruim para todos. Teutônia vai ter impacto, mas ninguém sabe qual. E não tem como a prefeitura fazer um aporte, porque o valor é muito maior do que nossa capacidade.”
Para o chefe do Executivo, a maior preocupação é com a economia dos agricultores. “Por enquanto não há prejuízo. Os pagamentos e a nutrição animal estão garantidos.” Relata que notícias falsas davam conta de canibalismo, devido à falta de ração.
Neste sentido, diz temer o protesto agendado para as 13h, desta terça-feira, 21, em frente ao Agrocenter, no Bairro Languiru, em Teutônia. “Não sei como vai ser. Estou preocupado. O momento é de tensão. É só largar uma palavra sem cautela que pode gerar confusão. Isso não queremos.”
O prefeito pede cautela à comunidade e atenção aos próximos passos da cooperativa. “Fiquem todos atentos e vamos nos abraçar. O que os associados decidirem está correto. Não deixem se inflamar por opiniões radicais.”
“Fiquei feliz, porque há uma saída”
A Languiru firmou na semana passada um contrato com a Lactalis Brasil às atividades voltadas ao setor lácteo. Para o mandatário municipal, a parceria é positiva. “Produtores e transportadores receberão seus salários.” Conforme Forneck, a multinacional ampliará sua planta em Teutônia e vão manter toda estrutura existente. E quem gerenciará a produção são os próprios técnicos da Languiru. “Os princípios da cooperativa continuarão.”
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