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Persistência para ser caminhoneira

(Foto: Divulgação)

Assim como qualquer pessoa, Bruna   da   Silva, de 32 anos, natural de Bom Retiro do Sul, tem sonhos. Um deles era ser policial militar. Em 2014, participou do certame para Qualificação Policial Militar (QPM1). Na época, passou em três das quatro fases eliminatórias. A reprovação, porém, aumentou seu desejo de viajar. Foi aí que, em 2019, ela trocou a categoria da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da AD para AE.

Inspirada pelo pai e o marido que são motoristas, a caminhoneira conta que o início foi difícil, devido a falta de experiência que é exigida. Começou em uma empresa cujo veículo era de câmera fria, onde percorria a linha Encantado e Esteio, além de Rio Grande. “Rodava bastante à noite nesse período. Agora, faço apenas os carregamentos, com algumas entregas em Porto Alegre”, explica.

Dificuldades

Bruna se sente privilegiada por ser mulher e atuar como motorista. Para ela, há diferença no tratamento. “Onde chego sou bem recebida. Às vezes, é claro, também encontro pessoas que subestimam a gente no comando de um caminhão. O preconceito ainda existe sim”, afirma.

No dia a dia, conforme Bruna, há dificuldades na profissão. Muitas vezes, fica sem almoço ou não dá tempo de se alimentar da forma correta. Além disso, enfrenta o sono e, em dias de chuvas intensas, o trabalho é mais prejudicado. “O trânsito é bem estressante. Tem também o tempo de espera para carregar e descarregar os produtos”, pontua.

Mais oportunidades para elas

Há 11 anos, Bruna possui vivências com caminhão. Segundo ela, é importante que o mercado de trabalho abra cada vez mais oportunidades para as mulheres. “Que possamos banir de vez o preconceito que, infelizmente, ainda existe em algumas profissões designadas como apenas para homens”, salienta.

Quem deseja seguir na profissão, orienta ela, deve ter persistência. “Precisamos de mulheres para ocupar esse espaço que, muitas vezes, é exercido com mais excelência. Talvez somos menos favorecidas na questão da força física, mas temos mais cuidado e prudência no trânsito. Estamos mentalmente mais preparadas. Que tenhamos, cada vez mais, motoristas femininas para mostrar a força da mulher”, ressalta.

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