Jornal Nova Geração

TEUTÔNIA

Plano de concessão traz à tona situação do Distrito Industrial

Área tem acesso às margens da Rota do Sol. Criada em 2008, segue sem infraestrutura adequada, mesmo diante de promessas de administrações passadas

Crédito da imagem: Grasi Nabinger

A estrada segue desnivelada e marcada por buracos. Sem acesso adequado, o Distrito Industrial de Teutônia mantém uma infraestrutura praticamente inalterada desde sua criação, na gestão 2005-2008. O debate sobre o Plano de Concessão das Rodovias do Estado reacende as discussões sobre o local. A proposta inicial do governo prevê a duplicação da ERS-453 (Rota do Sol) via de acesso ao distrito, mas não contempla uma rótula para essa finalidade. Reivindicação foi feita pela Administração, mas, para além do acesso, empresários aguardam melhorias na infraestrutura de todo o distrito.

Instalada no local desde março de 2010, a Certel Artefatos de Cimentos foi a primeira empresa a apostar no Distrito Industrial. Fabricante de postes de concreto de até 40 metros, precisa de um amplo espaço para produção e logística – e encontra isso no espaço de 4,6 hectares, dentro da área. “O local é apropriado, fica num ponto isolado da cidade, mas permite fácil acesso às rodovias das rotas Caxias – Lajeado, por exemplo”, comenta o vice-presidente da Cooperativa, Daniel Secchi.

Toda a área conta com energização da Certel. “É possível ver o desenvolvimento do distrito, novas empresas em instalação. Com isso, é essencial a pavimentação do local”, defende Secchi. Augusto Redecker, proprietário da Transportes AKP concorda. “É fundamental um investimento na rua principal do distrito. Isso vai auxiliar a operação das empresas já instaladas e incentivar a vinda de novos empreendimentos”, comenta. “O local é ideal para empresas de médio e grande porte, o espaço amplo e retirado facilita o fluxo de veículos de carga”, complementa.

A empresa iniciou as operações no local no início de 2021, desde então, observou poucos investimentos. “Foi feito o mínimo possível, um pequeno trabalho de alargamento da rua e escoamento de água, mas nada significativo”, aponta. Além dos desafios relacionados às condições da estrada, Redecker cita a situação do acesso (que é também saída) para a ERS-453. “Por não haver trevo, é muito perigoso. É importantíssima a criação de uma rótula que proporcione mais segurança porque há um elevado tráfego de veículos pesados.”

Paulo Rodrigo Bunecker migrou a Transportes Paulo para o Distrito Industrial há 5 meses, em busca de ampliação da marca e mais espaço para logística dos caminhões. Sem visualizar investimentos públicos no local neste período, cita ser fundamental um projeto de canalização pluvial, para escoamento da água. Além disso, reitera a necessidade de melhorias na estrada. “É preciso um asfalto de boa qualidade, que suporte o trânsito de caminhões pesados.”

Quarta empresa aposta no local

A aquisição dos lotes da Transportes AKP e da Transportes Paulo ocorreu em 2019. No mesmo leilão, a Reinegend Química do Brasil arrematou um hectare, com 50% de incentivo da administração. Desde o ano passado, a empresa investe na construção de um novo prédio no local. Mas há mais tempo, aguarda por melhorias no distrito. “Tínhamos a promessa que a rua seria nivelada, seria pavimentada. E a promessa não foi só para mim, mas também às demais empresas, inclusive a própria Certel, que está lá há anos”, menciona o proprietário da Reinegend, Renato Schaeffler.

Apesar da vantagem do amplo espaço, que permite expansão, e da localização estratégica, com acesso direto à rodovia, Schaeffler ressalta que as melhorias na estrada são fundamentais. O lote adquirido fica nos fundos do distrito. “O nivelamento da rua é primordial. Nossos veículos pesados não vão conseguir subir aquele barranco lá”, comenta. Além disso, menciona a precariedade nas instalações de abastecimento de água.

Mobilização do Poder Público

A área do Distrito Industrial era de propriedade particular e foi desapropriada na Administração 2005-2008, primeiro mandato de Renato Altmann. Agora, o chefe do Executivo pleiteia a criação de uma rótula de acesso ao local – reivindicação feita ao Governo do Estado. “O distrito industrial é um ponto estratégico para o desenvolvimento econômico da nossa cidade e do estado. A inclusão da rotatória é fundamental para garantir a segurança dos motoristas e a eficiência logística das empresas instaladas na região”, defende o secretário de Desenvolvimento Econômico, Valdir Griebeler.

Além disso, a gestão planeja a pavimentação da área, em médio prazo. “Com essas duas obras, o Distrito Industrial ficará muito mais atrativo para as empresas”, argumenta Griebeler. Os lotes têm 10 mil m², mas não foram demarcados, o que, segundo o secretário, pode “facilitar o caso de empresas que precisam de áreas ou lotes maiores”.

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