Jornal Nova Geração

EDUCAÇÃO

Professores pressionam governo de Estrela para adequação do piso salarial

Categoria aguarda por reunião com Executivo. Ajuste é esperado desde janeiro. Governo afirma estudar atualização de salários

Salários têm defasagem de 14,9% em relação estipulado pela União. Crédito: Divulgação

Professores da rede municipal de ensino ainda cobram reajuste do piso salarial do magistério, ocorrido em janeiro deste ano. O índice foi atualizado em 14,9% pelo governo federal, que elevou o rendimento base da categoria de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55, para 40 horas de trabalho semanais. Em Estrela, o padrão estabelecido é de 24 horas por semana.

O desgaste acerca das negociações preocupa a Associação dos Professores Municipais de Estrela (Aprome) desde 2022. O piso no município ficou definido em R$ 2.309,85 após o reajuste de 7,8% aprovado no fim do ano passado, valor este que deveria ser aplicado já em janeiro de 2022. Ao considerar o valor determinado pela União, os professores teriam um salário básico de R$ 2.652,33.

Após a situação, a professora e tesoureira da Aprome, Rosângela Landmeier, lembra que o Executivo havia prometido adequar o orçamento de 2023 para que o reajuste do ano base pudesse ser feito. No entanto, em uma reunião em fevereiro deste ano, a categoria foi informada que não havia recursos suficientes para a adequação dos salários, além de não estar contemplado na Lei de Diretrizes Orçamentárias .

“Tentamos negociar uma porcentagem menor. Mas não tinha recurso para isso também. Esse é o primeiro governo em que precisamos negociar. Nos outros anos sempre foi pago”, afirma Rosângela.

Pedido de reunião

A tesoureira destaca que após o encontro com as Secretarias da Educação e da Fazenda no início do ano, ficou acordado que recursos para contemplar a solicitação seriam buscados junto ao governo federal. O valor é oriundo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) referente ao aumento de matrículas na rede municipal.

“A Educação voltou com notícias positivas e ficamos aguardando que nos chamassem, o que não aconteceu. Encaminhamos um ofício faz quase um mês, ligamos, fomos na prefeitura, mas não tivemos retorno da agenda até agora”, relata a professora. Para discutir novas estratégias de negociação, a Aprome planeja uma assembleia com a presença dos demais professores.

Viabilidade de pagamento

Segundo o secretário da Fazenda, Felipe Diehl, a pasta desenvolve um estudo de viabilidade para o pagamento do piso salarial, no entanto, não há definições ou estimativa de apresentação até o momento.

Já a secretária de Educação, Elisângela Mendes, defende o pagamento do piso, mas pondera o aspecto financeiro. “O município é favorável, o prefeito nunca falou em não fazer. Eu sou amplamente favorável, defensora do piso do magistério”, conclui.

Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: