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BOM RETIRO DO SUL

Profissionais da educação recebem curso de formação sobre autismo

Profissionais da educação recebem curso de formação sobre autismo

Secretaria de Educação recebeu uma equipe do TEAcolhe, da Apae de Bom Retiro do Sul para a capacitação. (Crédito da imagem:Ascom/Bom Retiro do Sul)

“Cada aluno precisa de um atendimento voltado às suas capacidades.” A fala da responsável pela Educação, Cristiane de Souza, é o norte do planejamento da Secretaria de Educação em relação à Educação Especial. O plano de ação contempla reuniões periódicas com os pais dos alunos e com as equipes diretivas. A primeira ocorreu em fevereiro.

A partir destes encontros, a equipe diretiva e os professores constroem o Plano Educacional Individualizado (PEI). O plano é um documento pedagógico personalizado que busca atender às necessidades educacionais específicas de alunos que exigem apoio especializado. Conforme Cristiane, o plano não é algo fixo e pode ser adequado a cada encontro com os pais.

Capacitações

Outro eixo abordado pelo plano são as capacitações dos profissionais. Em fevereiro, foram atendidos os professores. Nesta semana, a pasta organizou uma manhã de aprendizado e de troca de experiências entre os monitores que trabalham com alunos com transtorno do espectro autista.

A formação ocorreu em parceria com o Programa TEAcolhe, da Apae de Bom Retiro do Sul.

A neuropediatra Fernanda Gabriel, a psicóloga Alana Pavi e o fisioterapeuta Guilherme Rocha organizaram uma manhã de conteúdo técnico e trocas de experiências práticas entre os monitores.

Fernanda afirma que momentos como esse são fundamentais para a educação.

“Quem está no dia a dia com as crianças, muitas vezes, são as monitoras, então a gente poder capacitar e dar instrumentos de como lidar, como agir com essas crianças é muito importante. Eu sempre digo que criança não vem com manual de instruções. É desafiador a gente saber o que fazer. A grande ideia deste encontro é que elas não se sintam sozinhas”, conta.

“Eu aprendo muito com eles”

Talita de Souza é monitora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Isabel Luiza Bittencourt. Sob sua orientação, ela tem dois autistas. Ela conta que embora um desafio diário, também aprende com os alunos. “Eu estava um pouco ansiosa de como seria este ano. É a primeira vez que trabalharia com alunos com TEA. Mas é uma evolução tanto profissional como pessoal. Com essas formações a gente tem mais informação e consegue acolher de uma forma mais positiva, e ajudar tanto as famílias, quanto as crianças”, relata.

A rede municipal de ensino tem 57 crianças autistas. Ao todo, são 30 monitores que atendem diretamente esses alunos. Cristiane conta que todo aluno com TEA que apresente necessidade de suporte recebe o apoio de algum monitor. “E isso é trabalhado junto das famílias com muito diálogo e construção conjunta”.

No recesso escolar do mês de julho já tem outra formação prevista. Conforme Cristiane, a meta da secretaria é capacitar toda a equipe de profissionais que trabalha na educação. “A capacitação é uma prioridade para nós. Não tem como o trabalho ter sucesso sem ampliarmos os nossos conhecimentos”, conclui.

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