Uma parceria entre a secretarias da Educação e Agricultura com a Emater, proporciona aos alunos da rede municipal uma vivência próxima ao cultivo de alimentos naturais. A horta comunitária no Parque Pôr do Sol recebe os estudantes para um primeiro contato com verduras, chás, entre outros, e o trabalho na prática, com o plantio de mudas.
O projeto iniciou com famílias em situação de vulnerabilidade, que eram convidadas a participar da produção e levar o resultado para casa. A secretária da Agricultura, Maria Delci Klunck, conta que a ideia surgiu em um grupo de pessoas voluntárias, para aproveitar espaços como na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Jacob Arnt. “Lá tinha um espaço bem apropriado, onde já era desenvolvida a horta”, lembra.
A partir deste ano, com a retomada das atividades presenciais nas escolas, uma das medidas foi tornar o local também um “ambiente educacional”, nas palavras da secretária. “Assim os alunos já conhecem o horto que reorganizamos, a composteira. Tem vários espaços que nós podemos explorar com eles nesse projeto.”
Turmas do 4º e 5º anos da Emef Yraja Luiz Barros de Moraes fazem as atividades no local todas as quintas pela manhã. No segundo encontro, o foco foi na importância do cultivo e da integração entre os alunos. “É muito importante para eles aprenderem sobre os alimentos, e terem uma reeducação alimentar em casa. Muitos deles não tem todos os alimentos, como são disponibilizados na horta, sem nenhum agrotóxico”, diz a professora Bianca Zart.
Benefícios para a saúde
O apoio técnico é responsabilidade da Emater. A extensionista rural Carolina Bellini destaca o trabalho feito junto as crianças, não apenas com o plantio de alimentos, mas também com chás. “Temos também essa parte do relógio do corpo humano, onde falamos sobre os chás, explicamos a função e os benefícios de cada um”, explica.
Ela pondera que o relógio ficou um tempo sem visitação, mas que o grupo trabalha na reorganização do espaço. A iniciativa, além de fortalecer o conhecimento, com a colocação de placas com nomes científicos dos chás, aborda aspectos sobre reciclagem, uma vez que o preparo é feito com garrafas pet.
Resultados positivos
A secretária comemora os resultados do projeto. “Vemos uma aceitação muito grande de todos. As crianças gostam e entendem o que estão fazendo.” Ela ainda ressalta que o trabalho traz uma base importante para o futuro dos alunos.
“Temos a perspectiva de que isso vá fazer a diferença na vida deles, tanto na alimentação saudável, quanto nas suas casas, para que eles comecem a produzir hortaliças e também reaproveitem os resíduos para formar o composto orgânico, que é uma forma de ajudar o meio ambiente”, finaliza.
