A secretaria da Saúde e Desenvolvimento Social do município apresentou no sábado, 20, o projeto “Cria na Paz”. O propósito é trabalhar na perspectiva de ter alternativas pacíficas de tratar as crianças, para diminuir a violência e desenvolver o trato respeitoso. A iniciativa é liderada pela organização Urban95, que firmou parceria com o governo em abril.
A iniciativa vem da fundação holandesa Bernard van Leer, que atua junto à primeira infância – até os três anos de idade – para garantir um desenvolvimento igualitário dentro das localidades. O programa ocorre em oito países e em 27 municípios do Brasil – no RS, além de Colinas, apenas Canoas e Pelotas participam. “São estratégias para melhorar as políticas públicas aqui da cidade focadas na primeira infância”, conta a coordenadora do projeto, Ana Paula Jasper.
Ela explica que o programa fornecerá uma série de ferramentas para que os adultos consigam a colaboração das crianças e possam se comunicar de uma forma não violenta, menos agressiva, sem xingamentos, agressões físicas ou humilhações. “Queremos tornar o clima familiar cada vez melhor e que as crianças e as famílias consigam se relacionar com muito afeto”, acrescenta.
O governo de Colinas mantém o programa “Colinas Mil Dias”, que desenvolve atividades voltadas à faixa etária. “Ao longo do ano vamos lançar outras campanhas que vão fomentar as brincadeiras ao ar livre, junto à natureza, com o objetivo de melhorar cada vez mais os espaços públicos no município”, pontua Ana Paula.
Aplicação do projeto
O programa funcionará pelas redes sociais e terá formações destinadas aos funcionários da saúde, educação e assistência social. Ana reforça que para os pais, além dos materiais, vídeos serão disponibilizados com a temática de comunicação não violenta, apresentados pela especialista Elisama Santos. “São ferramentas que os pais podem usar em casa para melhorar a relação com os filhos”, diz.
A projeção é que em julho seja feito um fechamento desta etapa do projeto. A coordenadora projeta uma melhora na forma das pessoas conviverem. “Queremos mudar um pouco a forma que os adultos tem de se comunicar, não só com as crianças, mas também entre eles. Penso que a qualidade na comunicação é uma prioridade na nossa comunidade”, conclui.