No cotidiano das instituições, sejam empresas privadas ou de cunho público, os agentes de liderança têm como propósito, a cada raiar do dia, pensar e trabalhar para que as metas sejam atingidas e o resultado apareça. E não tem nenhuma novidade nisso. É o processo normal que se espera de cada líder, seja onde for.
Aí lembro daquele ditado: “Tempos difíceis forjam pessoas fortes”. E o contrário também é verdadeiro. Muitas imagens, falas e diálogos já ocorridos vem à mente neste momento. Faz muitos anos que uma grande parcela de pais tem a falsa percepção que, se ajudarem seus filhos a resolver todos os problemas (ou pior, se os resolverem por eles), evitar que eles passem por provações, eles serão felizes. Serão apenas futuros adultos que não aprenderam a lidar com nenhum tipo de frustração. Lembrem que a frustração é um elemento importante no desenvolvimento de cada criança. Ora, o próprio conceito de felicidade, nesse contexto, está equivocado.
Lembro de um diálogo que tive há poucas semanas com um empresário que me relatava que um de seus filhos, hoje adulto e bem sucedido, consegue fazer uma leitura correta do cenário econômico, lida bem com as dificuldades que aparecem, porque foi criado e acompanhou o pai em momentos turbulentos na sua trajetória empresarial. E na prática lidamos com as mais variadas personalidades, frutos de um meio onde foram educados, e essas marcas cada um carregará consigo ao longo da vida.
No mundo do trabalho não é difícil encontrar profissionais que carregam consigo dificuldades provenientes de sua educação, pelo modo como foram criados. Crenças limitantes sempre aparecem. Nós as temos e por isso a importância de identificá-las e se permitir atacá-las. Pessoas com os mais variados problemas e dificuldades em relacionamento pessoal. Tudo é passível de ser treinado, basta o profissional querer avançar e se desenvolver. Até porque tudo passa pelo relacionamento entre pessoas. E quando precisamos enfrentar problemas e não conseguimos delegar para outros resolver, nesse momento precisamos estar preparados.
Lembro também neste momento dos últimos seis meses no nosso Vale, quando vivenciamos os mais variados acontecimentos, no que tange às condições climáticas. Você está estruturado, décadas de trabalho com resultados positivos, de crescimento, e de repente, em um dia de enchente descomunal, ou poucos minutos de um temporal devastador, todo o cenário se modifica radicalmente. Primeiro vem o desânimo, o desespero e outros sentimentos misturados. Mas em seguida vem a resistência para pôr em prática a resiliência. Esta é a realidade do Vale do Taquari hoje: forjando homens e mulheres cada dia mais fortes para vencer os obstáculos. E que venha a bonança!