O Estrela Palace Hotel recebeu na quinta-feira, 14, a primeira reunião-almoço do ano da Câmara de Indústria, Comércio, Serviços e Agronegócios de Estrela (Cacis). O evento marcou o aniversário de 12 anos da entidade e teve como atração palestra com a líder empresarial Simone Leite, sobre o empoderamento feminino.
Presidente da Cacis, Klaus Wallauer deu início às celebrações pelo aniversário da entidade. Ele apresentou o mapa estratégico para o ciclo 2024-2025, cujo propósito é promover o crescimento empresarial e o avanço de Estrela. “É uma história de muito mais tempo, mas que se consolida com a fusão da ACIE e a CDL, para que as entidades atuassem juntas pelo desenvolvimento de Estrela.”
Palestrante do dia, Simone Leite iniciou falando sobre o trabalho da Federasul na tentativa de evitar a vigência dos decretos estaduais que retiram benefícios fiscais de 37 atividades empresarias no RS. Segundo ela, caso não seja revogada, a decisão resultará em aumento no custo de vida das famílias gaúchas, principalmente em relação aos alimentos. “Talvez para nós, R$ 680 a mais no ano não seja um grande impacto, mas para os funcionários das nossas empresas é muito dinheiro.”
“Feminismo não é o contrário do machismo”
Na palestra sobre o empoderamento feminino, Simone apresentou a história da luta pelos direitos das mulheres, lembrando que, por mais de 5 mil anos, elas foram relegadas à funções domésticas e familiares enquanto os homens dominavam o espaço público. Ela ressaltou as conquistas histórica do movimento feminista, que ao contrário do senso comum, não representa o contrário do machismo.
“Machismo é um comportamento fundamentado na compreensão de que os homens são superiores às mulheres. O feminismo é a luta por igualdade de direitos, não por superioridade”, relata. Diante das distorções em relação ao termo nos últimos anos, Simone diz preferir utilizar o termo empoderamento feminino para tratar sobre a luta das mulheres por equidade.
Citou como exemplo o fato de que, até a década de 1960, as mulheres precisavam de autorização do marido, registrada em cartório, para poderem trabalhar. “Somente em 1988, com a constituição, passamos oficialmente a ter os mesmos direitos dos homens.”
Foi inspirada na luta das mulheres que Simone decidiu ingressar na Federasul, entidade da qual se tornou a primeira presidente em 94 anos. Apesar de ter sofrido com o machismo estrutural em diversas situações ao longo da trajetória, ressalta o crescimento do número de mulheres à frente das entidades empresariais do estado desde então. “Quando fui eleita presidente da Federasul, apenas duas mulheres presidiam entidades empresarias no RS. Hoje, são 52.